Alexandre Carauta e Bruno Alfano - Do Portal
19/03/2010Dribles, golaços, tabelas. Longe de referências ingênuas à Ferrari comandada por Pelé e Coutinho nos anos 60, o Santos de Neymar e Robinho redescobre o futebol brasileiro. Fora acidentes como a derrota para o Palmeiras no domingo passado, os novos meninos da Vila ultrapassam os adversários com impetuosidade e alegria. Logo a alegria vira gols, gols abusados, gols por atacado, quatro, seis, dez, e prolonga-se na irreverência das coreografias da moda. Os meninos da Vila são a sensação deste início de temporada. Será o time de Neymar um sonho de verão? Reunirá, como faziam seus incomparáveis ancestrais, torcedores rivais em torno do encanto? Será capaz de redimir a beleza perdida na cartilha dos volantes, executada até na seleção? Será melhor que a própria seleção? Haverá um lugar para Neymar entre os eleitos de Dunga? O Portal PUC-Rio Digital foi buscar as respostas para perguntas que o Santos safra 2010 impõe aos amantes da bola.
Camila Monteiro (20 anos, 4° período de Design): “O Santos é um dos candidatos ao título do Brasileiro. Mesmo assim, acho que só o Robinho serve para a Copa, os outros são promessas”.
Pedro Motta (20 anos, 3° período de Comunicação Social): “Eu levaria o Neymar para a seleção, mas o Robinho, não. O Santos acertou em apostar nas divisões de base”.
Paulo Roberto Santos (26 anos, advogado formado pela PUC-Rio): “O Santos está menosprezando os outros times. Quando pegou um time grande como o meu [Palmeiras], perdeu”.
Luis Ernesto (31 anos, mestrando em Engenharia Mecânica na PUC-Rio): “Eu sou peruano e gostaria que um jogador do Santos jogasse na minha seleção, de preferência o Robinho”.
Helena Neves (20 anos, 5° período de Engenharia Elétrica): “Eu acho que só o São Paulo pode tirar o título paulista do Santos, e não é pelo time e sim pelas últimas conquistas. O Neymar só não vai pra seleção pela falta de experiência, talento ele tem”.
Hugo Souza (29 anos, eletricista da PUC-Rio): “Acho o time do Santos bom, mas nem o Neymar, nem o Robinho teriam vagas no Flamengo”.
Jorge Gomes (39 anos, funcionário do RDC), “Quando o Santos jogar com o meu time [Flamengo], vai ser um jogo muito bonito. Não sei quem ganha, como não sei se ganha também da seleção brasileira”.
Cláudio Bojunga (professor do departamento de Comunicação Social): “Eu vi os gols de ontem (quinta-feira). Eles fizeram um tricô interessante, mas aquela comemoração acho uma bobeira”.
Paulo César (ascensorista), “O Mengão vai parar o Santos. Só vou ao estádio em um jogo do Santos para ver o meu time ganhar deles”.
Felipe Sá (18 anos, 1° período de Engenharia): “O time é abusado, mas tem que quer limite. Ele [Neymar] não devia dar aquele balãozinho que ele deu no Chicão”.
João Roberto Coelho (44 anos, Agente Patrimonial): “O técnico do time é muito bom. Consegue escalar o time muito bem: defesa, meio de campo e ataque de maneira equilibrada”.
Roberto Riccio (21 anos, 5° período de Administração): “Quem faz muita firula não cuida da defesa. Eles estão jogando muito bem, mas podem perder”.
Paulo Amaral (23 anos, 9 ° período de Desenho Industrial): “Gostaria que o meu time jogasse da mesma maneira que o Santos. Acho que nós temos condições para isso”.
Heric Stilben (25 anos, Ex-aluno), “Acho o Neymar muito marrento. Para ser bom tem que ganhar títulos”.
Vitor Vieira (19 anos, 3° período de Comunicação Social): “É muito bom vê-los jogar. Acho que a experiência dos jogadores da defesa e do Robinho equilibra o time com o ataque jovem e eficaz”.