A rivalidade entre Brasil e Argentina dividiu a atenção de estudantes e funcionários na abertura da Mostra PUC. Enquanto estandes, pátios e auditórios recebiam os primeiros visitantes, dezenas se espremiam em frente à televisão nos Pilotis - todos vidrados na semifinal do futebol masculino na Olimpíada.

À medida que a Argentina convertia o domínio do jogo em gols (venceu por 3 a 0), os jovens trocavam a tevê pelos estandes com perspectivas mais animadoras do que a iminente derrota. Rafael Bomfim, estudante de Economia, chegou cedo para garantir um lugar estratégico em frente à televisão.

- Temos que torcer, não é? Não há como resistir a Brasil x Argentina – disse ele.

Já Ricardo Fernandes, estudante de direito da Universidade Candido Mendes, não deu muita importância ao jogo. A tática dele era outra:

- Eu dei uma passada lá na tevê, vi um pouquinho do jogo, e fui direto para a Mostra. Eu vim aqui exclusivamente para a feira.

Nos minutos finais, quando a derrota se revelava inevitável, boa parte da torcida nos Pilotis praticava um dos esportes mais populares no país do futebol: pedir a cabeça do técnico. Decepcionado, o estudante Antonio Correa se consolava com a possibilidade de Dunga deixar o comando da seleção:

– Tomara que ele caia – desabafou.