A Agenda Ambiental da PUC-Rio caminha para se disseminar no próximo ano. Luiz Felipe Guanaes, diretor do Núcleo Interdisciplinar do Meio Ambiente (Nima), considera importante a consolidação de disciplinas referentes à sustentabilidade na grade de todos os cursos. Embora observe-se ainda um longo caminho pela frente, alguns avanços já se concretizaram: sistema de economia de papel no Departamento de Direito; inserção de temas socioambientais nas ementas do Departamento de Arquitetura e Urbanismo; nova especialização no curso de pós também na Arquitetura e Urbanismo. Esses; coleta seletiva e programas de educação ambiental, entre outros projetos.
– Para que essas ações sejam efetivadas, precisamos levar a conscientização de sustentabilidade a todos os alunos – ressalta Guanaes.
Regina Soares, representante da Comissão de Sustentabilidade do Departamento de Direito, também acredita na coordenação de competências e esforços para a consolidação de práticas "sustentáveis". Em boa parte das vezes, tais esforços representam gestos simples:
– Mudamos o sistema de impressão de trabalhos, que desperdiçava um número muito grande de papel. Para isso, imprimimos agora em frente e verso – exemplificou.
O próximo passo, ainda de acodo com Regina, será o envio sistemático de documentos pela internet para substituir a entrega deles em papel. “Esses pequenos passos já mobilizam muitos professores. A questão ambiental não é mais acessória”, anima-se.
Um dos principais projetos baseados na Agenda Ambiental remete à energia elétrica fotovoltaica. O novo modelo, lembra o professor Alcir de Faro Orlando, do Departamento de Engenharia Mecânica. surgiu a partir de uma análise energética da PUC-Rio por três anos e do alinhamento à busca global por fontes alternativas.
– Teremos 39 painéis ligados diretamente com a rede da Light. E ainda incluiremos estudantes nas atividades posteriores à mudança, que participarão de ações como o monitoramento do desempenho da energia – antecipou.
Mas a energia solar não será a única matriz da PUC-Rio. Guanaes considera “ingenuidade” pensar que a energia solar caminhará sozinha:
– Nossa intenção é diminuir o consumo para evitar a utilização do gerador a diesel. A energia solar apenas complementará nossas fontes energéticas – acrescenta.
Igualmente importantes revelam-se as iniciativas destinadas à formação de cidadãos e profissionais comprometidos com a "vida sustentável". Criado pelo professor Roosevelt Fidelis de Souza, o projeto Educação Ambiental era direcionado inicialmente a crianças de escolas públicas dos arredores da universidade. Hoje, estende-se a vilas olímpicas e à Pavuna. Na Estação da Educação Ambiental, dentro do campus, são desenvolvidos programas de aplicação de técnicas de plantio, manejo e consórcio de espécies medicinais arbustivas e arbóreas.
– A intenção é trabalhar a sensibilidade das crianças com o meio ambiente – destaca o professor.
O professor Tácio também apresentou o projeto da encosta do campus principal da PUC-Rio, que está situada a jusante da Auto-Estrada Lagoa-Barra, tangenciando o Edifício Cardeal Leme, os prédios do RDC e Tecgraf, o prédio-anexo da Arquitetura, e o campo de futebol. Segundo Tácio, está sendo feita a reestruturação da encosta, que apresenta problemas como deflagração de movimentos de massa.
– Nós verificamos que no teto do túnel falso da Auto-Estrada Lagoa-Barra havia infiltração, comprometendo o concreto do local e arriscando a vida de quem passa por ali. Esse problema não é de responsabilidade da PUC, então enviamos um comunicado às autoridades sobre o risco – explica Tácio.
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