Na mesa-redonda Conflitos sócio-ambientais caminhos e perspectivas, os convidados relacionaram os movimentos sociais e a música com a educação ambiental. O debate, realizado na quarta-feira (16/06), na PUC-Rio, contou com a presença do engenheiro eletrônico e produtor musical Mayrton Bahia e o coordenador do projeto Anfitriões do Cosme Velho, Gláucio Maciel. A organização fundada na comunidade Guararapes desenvolve um projeto de relacionamento da favela com o Parque Nacional da Tijuca e o Corcovado. O encontro foi parte da XVI Semana do Meio Ambiente da PUC-Rio.
Na ocasião, o engenheiro Mayrton Bahia ressaltou que o entendimento dos conflitos humanos é uma das vertentes da educação ambiental. Ao mesmo tempo, para o produtor, a música está relacionada aos movimentos sociais.
– Na esfera social, a música pode representar a voz de quem não é ouvido. As letras do funk brasileiro, por exemplo, criticam a sociedade – disse.
Da mesma forma, Gláucio Maciel acrescentou que "crises civilizatórias" podem ser administradas pela educação ambiental. Ele contou que a comunidade Guararapes, por exemplo, desenvolveu uma metodologia de respeito ao meio ambiente para o Parque Nacional da Tijuca e o Corcovado, localizados próximos à favela. Segundo Maciel, a comunidade sofreu perseguição política para desocupar a área, pois as autoridades temiam que a ocupação desmatasse a floresta.
– A partir dessa briga, a favela desenvolveu métodos próprios de preservação da natureza, com a criação do grupo Anfitriões do Cosme velho, e passou a ser a única comunidade que conseguiu direito legal de ocupação – comentou Maciel.
O coordenador explicou ainda que, ao trabalhar com a comunidade, reconheceu a iniciativa do grupo. Segundo ele, o Anfitriões do Cosme Velho apenas formalizou um processo que já existia, pois a favela já tinha desenvolvido métodos próprios.
Portal PUC-Rio Digital foi o primeiro veículo universitário de convergência de mídia do país
Portal se integra ao Comunicar e reforça comunicação da PUC-Rio
Retratos do Portal: bastidores da redação do 5º andar do Kennedy
"O repórter deve ir em busca da audiência”