Inovações tecnológicas impulsionam grande parte das atividades que exercemos. Jornalismo não é exceção. Marcado pela velocidade, o dia-a-dia das redações se depara com novas possibilidades e desafios movidos pela tecnologia, observaram editores do portal noticioso G1, David Butter e Joana Stadart, e o diretor de engenharia de jornalismo da Globo, José Marino, em palestra do curso de telejornalismo do Globo Universidade, parceria com a PUC-Rio.
Estratégico para suprir a necessidade de rapidez na veiculação de informações e fatos importantes, o portal de notícias sustenta-se num avanço tecnológico: a convergência de mídia. A coordenação de conteúdos em formato de texto, som e imagem numa mesma plataforma reforça a perspectiva de um consumo de notícias crescente neste meio de comunicação, avaliaram os especialistas. Outra vantagem, de acordo com os profissionais, remete às atualizações rápidas. “O ambiente de trabalho é a velocidade”, sintetizou David Butter, editor da página principal do G1.
– Estamos sempre buscando o furo, a informação exclusiva. As atualizações são rápidas e constantes. Além de contar com uma equipe própria, trabalhamos em parceria com as outras mídias para publicar a notícia com a maior velocidade possível. Mas é preciso cuidado para impedir que a velocidade prejudique a qualidade da informação, ressalvou Butter: – Se temos o grosso da notícia pronta, mas não ouvimos ainda o “outro lado”, esperamos estar completa para pôr no ar. Temos sempre que priorizar a informação correta.
Em certos casos, a cobertura diferenciada de um evento pode ser a melhor opção. Coordenadora do portal G1 de Brasília, Joana Stadart esclareceu a possibilidade de atualização por meio dos blogs:
– Quando temos uma cobertura muito movimentada, o blog permite um dinamismo maior. Neste caso, não precisamos repetir, em cada atualização, o conteúdo geral. Focamos na apuração minuto a minuto, apenas com a nova informação.
Outras formas de aproveitar os avanços tecnológicos associam-se à transmissão da notícia televisiva. O RJ-Móvel, por exemplo, é uma redação sobre quatro rodas, equipada com satélite, que permite ao repórter entrar ao vivo em qualquer parte da cidade. Em ação desde o ano passado, o veículo responde às demandas de velocidade e mobilidade inseridas na cobertura jornalística. Coordenador do projeto, José Marino explicou os benefícios do recurso:
– Buscamos aumentar a eficiência e a velocidade da transmissão. Ao fazer uma transmissão ao vivo, não nos limitamos ao estúdio. Podemos transmitir no local onde estão acontecendo os fatos, o que deixa a cobertura jornalística mais ágil.
A velocidade não pode comprometer a qualidade da informação
Portal PUC-Rio Digital foi o primeiro veículo universitário de convergência de mídia do país
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"O repórter deve ir em busca da audiência”