O tempo máximo que os participantes do Festival do Minuto têm para contar suas histórias é de 60 segundos. Aos aproximadamente 60 alunos que lotaram o auditório K102, em agosto, o curador Gustavo Steinberg falou sobre como participar de um festival com alcance internacional pode destacar um iniciante na carreira. A linguagem do minuto foi outro aspecto abordado.
– Participar de festivais é importante para aprender a condensar sua idéia sem perder a coerência. Nós priorizamos a mensagem que o filme quer passar, não precisa ser uma super produção – conta Gustavo, diretor do longa-metragem Fim da Linha.
Com sites de compartilhamento de vídeos fazendo sucesso, o formato do minuto se valorizou. O evento, que está na sua 17ª edição, tornou-se permanente no final de 2007. Atualmente, há temas mensais e trimestrais. Em 2008, serão dados R$ 50 mil em prêmios.
- Não fazia mais sentido esperar um ano para declarar um vencedor. Com a agilidade da internet, esse conteúdo precisa circular, ou acaba esquecido – afirma Gustavo.
Foram exibidos alguns curtas-metragens já premiados no Festival, como Um Bom Coração, de Fernando Meirelles e Nando Olival, e Pequena Pausa, de Ricardo Santini.
- Pretendo participar da edição deste ano. Só praticando é que se aprende – diz Júlia Ramil, aluna do 6º período de Cinema.
Com cerca de 300 vídeos recebidos mensalmente, a equipe da curadoria tenta lançar temas relacionados ao cotidiano. Estão abertas até 15 de novembro e 5 de janeiro de 2009, respectivamente, as inscrições para os temas “Ser nordestino” e “Sólido, líquido ou gasoso”, no site www. festivaldominuto.com.br.