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Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 2024


Campus

Avanços tecnológicos invadem a Mostra PUC

Artur Romeu, Bruna Santamarina, Glaucia Marinho e Tatiana Carvalho - Do Portal

14/10/2008

 Tatiana Carvalho

A Mostra PUC é a maior feira de estágios e trainee do país. Entre os dias 19 e 22 de agosto passaram pela PUC-Rio cem mil pessoas, interessadas em uma das quatro mil vagas de estágio oferecidas pelas 80 empresas presentes na 12a. edição da feira. O encontro abre possibilidade para que muitos estudantes entrem no mercado de trabalho. Para isso, além de formação acadêmica, outros conhecimentos são cada vez mais exigidos. A Cátedra de Leitura Unesco programou uma série de videoconferências na mostra para pensar e repensar as novas tecnologias. Outros destaques na área de tecnologia foram as palestras da IBM, que apresentou as perspectivas do mercado, e da TIM, com a convergência de mídia, ambas no auditório do RDC.

O processo de globalização e relacionamentos digitais foram temas de videoconferências na cátedra, que buscou mostrar como o uso do computador e da internet são exigências cada vez maiores do mercado de trabalho. Pablo Mobellan, pesquisador da Cátedra UNESCO de Leitura, trabalha com Internet há 12 anos e fez uma avaliação sobre a revolução que a rede está causando no país. Ele é contra o discurso dominante que a internet não é educativa e que, por causa dela, os jovens lêem menos. Ele destaca a mudança no processo cognitivo que a vivência no mundo digital possibilitou. “Leitura não é só ler é ver uma figura, uma imagem ou um filme, é interpretar”, argumenta. A internet, lembra  ele, oferece a possibilidade de contato com todas essas formas de linguagem em uma só página.

Convergência e celular

Atualmente, 133 milhões de brasileiros possuem celular, sendo 25,4% de clientes da TIM, que surgiu em 1998, com a privatização do setor de telecomunicações. A marca tem apostado no uso da Internet como veículo de propaganda.

- A empresa tem que estar onde o cliente está. Hoje, é na Internet. No futuro, será no celular. Ainda não podemos abandonar a propaganda em televisão, mas o benefício de anunciar na Internet é imediato. Segmentamos o público e atingimos o consumidor em cheio – afirmou o gerente de marketing Rafael Marquez.

As boas previsões no campo tecnológico fizeram parte, também, da palestra de Rodrigo Faria, analista de sistemas da IBM. Ele afirma que há muitas vagas na área de Tecnologia da Informação.

– A IBM vende mão-de-obra em mainframe para outras empresas, pois há carência de mão-de-obra qualificada. Em breve haverá uma renovação de profissionais, já que muitos vão se aposentar – afirma.

Mainframe é um computador de grande porte, que tem capacidade de receber milhares de acessos ao mesmo tempo. A máquina não pára, podendo permanecer cerca de 30 anos ligada. É útil para grandes empresas, como do setor financeiro, que precisam de alta disponibilidade e de um processamento de grande volume de dados em pouco tempo.

Cezar Taurion, executivo de novas tecnologias da empresa, explicou o programa de estágio e disse que a IBM não faz mais parte do mundo “terno e gravata”. Taurion acredita na importância do treinamento para jovens.

- A busca de talentos é uma das principais tarefas da IBM. Por isso, participar de eventos como a Mostra PUC é fundamental – disse.

Projeto Poesia Brasileira

Além da ênfase em tecnologia, a Mostra PUC também contou com atividades culturais. A encenação “Um só Vinícius”, montada pelo ator Jamie Leibovich, foi transferida de última hora para o Anfiteatro Junito Brandão, despertando – ao som do “grande amor” - os alunos que lá descansavam.

- Há cerca de 10 anos comecei com o “Projeto Poesia Brasileira”. A intenção era apresentar diversos poetas brasileiros, o primeiro foi Vinícius de Morais. A recepção dos adolescentes foi tão boa que continuamos com Vinícius, só mudando o repertório – conta Jaime.

O projeto se desenvolveu e passou por diversas fases, indo além das escolas de ensino médio. A apresentação foi levada para diferentes cidades numa caravana cultural, virou peça de teatro e hoje Jaime interpreta as obras de Vinícius, com a ajuda de dois violinistas, também em centros culturais.

- Não faz nem um mês que estávamos nos apresentando na praça pública em Tiradentes. É muito legal levar poesia. Quando começamos a tocar “Eu sei que vou te amar” as lágrimas escorriam da platéia – conclui.