Maria Eduarda Parahyba - Do Portal
11/06/2008Alunos se espremiam nos Pilotis atiçavam a curiosidade de quem passava por lá nas manhãs de terça a sexta-feira, 13 de junho. Transformavam em arquibancada a área em frente aos elevadores do prédio do Kennedy. Era o Torneio de Futebol Virtual, organizado por estudantes de Engenharia da Computação para a disciplina Atitude Empreendedora.
Formado por uma maioria esmagadora de homens, o público vibrava com cada lance do Winning Eleven, jogo cultuado pela nova geração videogame. O campeonato de futebol virtual terá 16 grupos de quatro jogadores. Os dois primeiros de cada grupo passam para a fase seguinte, no sistema mata-mata (quem ganha avança, quem perde está fora).
No campo virtual o futebol escala talvez o principal clichê cultivado por aqui: é coisa de homem. Assim indicam os competidores e a roda formada em torno da televisão. Dos 50 inscritos, nenhuma mulher. Dos 30 torcedores que se reuniam em torno da tevê a cada partida, uma solitária voz feminina. Adriana Moreira, 19 anos, aluna do quinto período de Arquitetura, fez questão de esclarecer o grau de intimidade com o jogo:
- Nenhum, não sei nem com qual botão se chuta. Só estou aqui porque meus amigos estão jogando.
Julia Padilha, 21 anos, do quarto período de Comunicação, chegava timidamente à roda predominantemente maculina. Fazia com Adriana uma tabelinha involuntária:
- Não sei nada. Vim para dar uma força aos meus amigos estão jogando.
Um dos organizadores do torneio, Amadeu Neto, do nono período de Engenharia da Computação, saca uma teoria para explicar o público feminino reduzido:
- Elas querem jogar, mas estão com medo.
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