Enquanto o mundo fica atônito com as últimas notícias sobre os impactos da ação humana na biosfera, algumas pessoas trabalham por mudanças que rumem na direção da sustentabilidade. Na PUC-Rio, a Semana do Meio Ambiente, a ser realizada entre os dias 3 e 6 de junho e coordenada pelo Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente (Nima), pretende ser um espaço para fomentar atividades e idéias que restaurem a boa relação do homem com o planeta onde vive.
O Nima reúne grupos de pesquisa de vários cursos, que trabalham em diversos projetos ambientais e organiza-se em quatro grupos de trabalho, com mais de 200 alunos envolvidos. Há estudo de água, energia, biodiversidade, resíduos e práticas sustentáveis. O projeto é abrangente e cada disciplina colabora como pode. Alunos de Engenharia, por exemplo, medem o consumo de água de um andar dos edifícios da universidade. Ao todo, já são 70 estagiários inscritos.
Na semana do meio ambiente, o Nima oferecerá minicursos como os de agrofloresta, plantas medicinais e jardins sustentáveis. O curso de Plantas Medicinais, por exemplo, pretende ensinar a identificação, forma de uso e toxicologia de algumas espécies de plantas medicinais, além de formas de cultivo.O diretor do NIMA, Luiz Felipe, é professor de Geografia na PUC e conta que a Semana do Meio Ambiente envolve uma grande discussão: O que seria a PUC sustentável?
Segundo o professor, desde que o reitor, padre Jesus Hortal S.J., participou do Colóquio Global de Reitores de Universidades, realizado pela ONU em 2007, na Nova York University, a PUC-Rio estabeleceu um compromisso de se tornar uma universidade sustentável. Por isso, a semana do meio ambiente pretender dar um passo rumo ao caminho da sustentabilidade.
Isadora Leite cursa Administração na PUC-Rio e se inscreveu como voluntária. Ela está trabalhando na Feira de Trocas que ocorrerá durante toda a Semana do Meio Ambiente. Ela explica a idéia: “Você traz um objeto, faz um cadastro e pode dar uma pista sobre o que gostaria de trocar”.
Se alguém que passar pelos pilotis se interessar pelo objeto à mostra, proporá um troca com algum objeto que possui. Já há colares e CDs na barraquinha da feira de trocas, que pretende mostrar uma economia mais inclusiva e social, na qual ninguém sai perdendo. “Viu algo que te interessou? Então traz algo e propõe a troca que a gente intermédia”, completa Isadora.
Para o diretor Luiz Felipe, haverá boa recepção para o evento. Ele crê que há mais terreno fértil, hoje, para expor idéias de sustentabilidade como as da Semana do Meio Ambiente. “As novas gerações estão percebendo que o modo de existência dessa sociedade não é sustentável. A ação humana chegou ao limite”, afirma o professor.
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