Gabriela Ferreira, Glaucia Marinho, Gustavo Coelho, Maria Eduarda Parahyba e Thiago Castanho - Do Portal
14/05/2008Eram sete mil alunos inscritos, vindos de 200 colégios e de diferentes cidades além do Rio de Janeiro, como Petrópolis, Campos e Niterói. A programação da quinta edição do PUC Por Um Dia foi oficialmente aberta com uma palestra do coordenador central de Graduação, Alfredo de Oliveira, professor do curso de Artes e Design. Ele apresentou um retrato da faculdade para os alunos de Ensino Médio, falando sobre diversos aspectos do campus, dos departamentos e do processo de vestibular. Além disso, os vestibulandos presentes ao Auditório Padre Anchieta também tiveram a oportunidade de conhecer projetos como a Empresa Júnior e os convênios que a PUC mantém com universidades do exterior.
De início, o comparecimento dos alunos foi bastante tímido, mas o auditório não demorou a ficar lotado. Para atender aos que chegaram com a apresentação em andamento, o professor Alfredo de Oliveira repetiu sua palestra duas vezes. Suas palavras foram ouvidas com atenção pelos cerca de cem alunos presentes, principalmente quando o assunto foi vestibular e bolsas de estudo. O professor explicou a importância do evento:
- O PUC é um momento em que a universidade abre as portas para o Ensino Médio. Apresentamos nosso campus e nossas áreas de conhecimento. O objetivo não é somente proporcionar uma oportunidade para que os alunos conheçam a PUC, mas também ajudá-los nesse momento de escolha vocacional.
O auditório Padre Anchieta permaneceu cheio para a palestra de Arquiteta e Urbanismo, que aconteceu logo na seqüência. Pelo menos quarenta alunos precisaram ficar em pé, enquanto outros formavam fila para entrar no local. A professora Maria Fernanda Lemos foi a encarregada de apresentar o curso aos alunos, tentando desfazer alguns “mitos” sobre a profissão de arquiteto:
- A primeira lição que ensinamos é que um arquiteto não precisa necessariamente desenhar bem. O fundamental é que ele tenha uma ótima visão espacial. Para isso, o aluno precisa passar por dez disciplinas de projeto, que são a espinha dorsal do curso.
Além disso, Maria Fernanda também falou sobre o mercado de trabalho para os futuros arquitetos e urbanistas. Segunda a professora, não faltam oportunidades para os profissionais da área:
- O mercado está bombando. Venho recebendo muitos e-mails de pessoas pedindo ajuda ou referência. Quem é formado em arquitetura e urbanismo pode escolher vários setores diferentes para se especializar, como paisagismo, design de interiores e até legislação ambiental, por exemplo.
O auditório American Express, no prédio do IAG, recebeu a palestra do Departamento de Economia, que aconteceu entre 10h e 12h. As atividades foram abertas pelo diretor Rogério Werneck, que ressaltou a importância do curso de economia da PUC-Rio: “O trabalho que realizamos aqui é comprovadamente bom. E falo isso baseado em evidências externas, que envolvem o desempenho dos alunos fora da faculdade”, diss ele. Logo depois, o coordenador da graduação, Sérgio Firpo, tomou a palavra, e explicou mais detalhes do curso:
- Nós enfatizamos bastante os métodos quantitativos. O objetivo é formar alunos capazes de emitir opinião e tomar decisões fundamentadas, sem “achismos”. Além disso, também procuramos apresentar aos alunos a história econômica do país, que é muito importante para que se possa entender como chegamos aqui.
Também participaram da palestra as professoras Marina Mello e Mariana Albuquerque, que falaram sobre a estrutura do curso e tiraram dúvidas dos alunos. Sobre a importância da PUC no cenário econômico brasileiro, Marina Mello fez um balanço positivo:
– Temos todo um esforço de colaboração com a política econômica do país. A posição de estar no governo é muito frágil, já que é mais sujeita a ataques. Sempre haverá críticas da oposição. Mas inegavelmente a economia brasileira tem melhorado bastante em conseqüências das reformas dos últimos anos.
Petróleo em alta
A grande oferta de empregos na área da Engenharia de Petróleo e os altos salários pagos pelo ramo fizeram lotar o RDC para a palestra do professor Sérgio Fontoura no PUC por um dia. Segundo ele, a indústria petrolífera deixou de contratar profissionais por, aproximadamente, 15 anos, e agora é necessário preencher as vagas de quem está se aposentando.
- As áreas mais procuradas são as de perfuração, ou exploração ou produção. E também a área de geologia de petróleo. Os profissionais que possuem qualificação nessa área estão realmente sendo pagos a peso de ouro em comparação com outras engenharias. – disse Fontoura.
O professor explicou que para ser um engenheiro de petróleo é necessário ser prático, criativo e ser movido a desafios, além de procurar um bom curso.
- Em primeiro lugar, ao buscar a opção petróleo, é necessário procurar uma instituição que não tenha apenas compromissos técnicos, mas também objetivos pessoais. Isso faz uma diferença muito grande. Além disso, ter boa comunicação oral e escrita – explicou o professor.
Brunno Lima, aluno do 3º ano do Educandário Silva, na Penha, diz que a palestra o incentivou a fazer a Engenharia de Petróleo.
- O dinheiro também é atrativo. Mas o perfil é bem parecido com o meu. Não consigo ficar parado em casa. Se tiver que viajar a trabalho, vou estar sempre pronto para ir. Gosto de desafios – disse.
Comunicação, uma revolução
O curso de Comunicação Social é umas das áreas procuradas pelos vestibulandos. Com uma diversidade de habilitações, os secundaristas tem a possibilidade no PUC por um dia de conhecer cada uma delas. A apresentação da habilitação de jornalismo foi feita pelo professor do Departamento Leonel Aguiar. Ele chamou atenção para a diferença das faculdades de comunicação. Na Puc, o aluno escolhe habilitação do curso de Comunicação Social no terceiro período, após um ano e meio de vivencia nas três possibilidades do curso.
Outra diferença é a curricular, a universidade, divide a grade desde do primeiro período, com matérias criticas a sociedade, criticas a comunicação e de formação profissional. Oportunidade de estágios, infra-estrutura da faculdade e o dia-a-dia da profissão foram as maiores dúvidas dos 60 alunos do ensino médio que participaram da palestra de Jornalismo dada pelo professor Leonel Aguiar. Segundo ele, a possibilidade de uma segunda habilitação com apenas mais um ano de curso e a infra-estrutura da faculdade são elementos que fazem com que os alunos decidam pela PUC-Rio.
Os alunos presentes na palestra questionaram sobre o mercado de trabalho. Segundo o professor, o mercado deu uma aquecida nesses últimos dez anos. Estamos na sociedade da informação, o principal bem de consumo é a comunicação.
- O Ricardo Noblat ganha R$ 20 mil com um blog. Quem poderia imaginar isso há algum tempo atrás?, perguntou o professor.
Segundo Leonel , o perfil do aluno de jornalismo é o que tem iniciativa, domina a língua e tem o habito de ler. Além disso, o bom jornalista gosta da profissão, dedica-se a uma causa social e com o compromisso com a causa pública. A aluna do terceiro ano do ensino médio do colégio Zaccaria, Fernanda Bertoche, de 17 anos, diz que sua escolha é a PUC-Rio porque recebeu ótimas recomendações da mãe, que estudou aqui também. Uma outra razão foi a farta oportunidade de estágios.
Para Tereza Rodrigues, aluna do Colégio Pedro II que vai prestar vestibular para Comunicação Social, escolheu a PUC também pelas oportunidades.
- Um diferencial que fez com que eu quisesse estudar aqui foi a grande oferta de estágios e também por achar que a PUC abre portas para o mercado de trabalho.
A palestra serviu para que ela esclarecesse dúvidas e tivesse mais elementos para decidir em qual carreira ingressar.
- Depois dessa palestra tive ainda mais certeza de que quero fazer jornalismo, foi muito boa a conversa com o professor, eu pude saber mais sobre a carreira e o dia-a-dia da profissão.
No campus, universitário por um dia
A PUC estava vestida de verde. Funcionários e monitores vestindo a camisa deste ano do PUC por um dia coloriram o campus em um dia bastante movimentado, no qual a universidade recebeu a visita de estudantes, pais e professores de todo o estado. A intensidade de um evento que só ocorre uma vez ao ano podia ser vista no RDC. Estudantes e professores ocupavam todo o espaço do auditório Del Castillo para assistir à palestra de Engenharia de Petróleo.
Havia também quem estivesse assistindo a pequenos espetáculos musicais e teatrais no anfiteatro do bosque, conhecendo um pouco do ambiente universitário e da reserva ambiental. Mariana Arêas e suas amigas descansavam no pilotis, após assistirem a uma série de palestras. Ela está no 4º ano do curso de formação de professores e estava com dúvidas sobre qual profissão seguir. “Gosto muito de comunicação, mas me interessei por psicologia depois de assistir a uma palestra aqui na PUC”, diz ela, participando do evento pela primeira vez.
A busca por escolher corretamente a profissão era uma constante até fora das palestras. Ao ver um fotógrafo registrando imagens do evento, uma estudante quis saber qual era o melhor curso para quem pretende trabalhar com fotografia. Auxiliando os visitantes, estavam alguns estagiários da universidade e voluntários. Em um campus tão grande, com uma programação tão extensa, havia muito trabalho a fazer. Juliana Sá, do 5º período de comunicação, trabalhou no evento pela primeira vez e achou bastante movimentado. “Essa sala aqui tem gente até no chão”, comentou ela, diante de uma sala lotada no primeiro andar do edifício Kennedy.
Um dia mais perto da universidade
Portal PUC-Rio Digital foi o primeiro veículo universitário de convergência de mídia do país
Portal se integra ao Comunicar e reforça comunicação da PUC-Rio
Retratos do Portal: bastidores da redação do 5º andar do Kennedy
"O repórter deve ir em busca da audiência”