Caroline Hülle e Monique Rangel - Do Portal
18/04/2012Funcionários da PUC-Rio protestaram na manhã desta quarta-feira contra a mudança do plano de saúde, anunciada há 15 dias pela universidade. Eles reinvidicam a manutenção da Unimed, que será trocada pela SulAmérica (veja as principais mudanças a partir de 16 de maio). O vice-reitor administrativo, Luiz Carlos Scavarda, nega a possibilidade de cancelamento do novo acordo, argumenta que este será positivo aos usuários e acena com a perspectiva de negociação de benefícios salariais.
Depois de terem se reunido em duas assembleias e enviado à direção da universidade a proposta de reajuste (6%), os funcionários decidiram intensificar o apelo voltado à manutenção do antigo plano de saúde. Às 8h, cerca de 60 funcionários, acompanhados de estudantes, fecharam a entrada do estacionamento rotativo da PUC-Rio. A manifestação tumultuou o acesso ao campus pelo Planetário e obrigou professores horistas a desviarem de rota. O presidente do Sindicato dos Auxiliares Administrativos das Escolas do Rio de Janeiro, Elles Pereira, alega que muitos funcionários já estão em tratamento e "não sabem como continuar". Em nota oficial, o reitor da PUC-Rio, padre Josafá de Siqueira, garantiu que todos os direitos serão respeitados. Foi marcado para amanhã outra manifestação, também às 8h.
– Não achamos necessário que a única opção seja a Unimed, mas queremos poder escolher. A SulAmérica não tem 1% dos médicos que tínhamos anteriormente – defende Pereira.
A superintendente de Recursos Humanos da PUC-Rio, Marisa Espíndola, esclarece que a universidade encaminhou uma lista para a SulAmérica com os médicos e hospitais mais procurados pelos funcionários da universidade. A prestadora vai tentar o credenciamento desses profissionais e centros de atendimento.
– Os planos de saúde têm a própria rede de médicos e hospitais credenciados, por isso há diferenças. A SulAmérica nos dará o retorno dos novos credenciamentos antes da migração do plano, para podermos divulgar a nova grade.
Segundo o vice-reitor para assuntos comunitários, professor Augusto Sampaio, a PUC-Rio adotou uma postura de diálogo, pois atitudes como o fechamento do estacionamento rotativo prejudicam a todos: funcionários, professores e alunos. Ele lembrou que, ao receber o sindicato e a comissão de negociação, a reitoria pediu o encaminhamento por escrito das reclamações e está aguardando o retorno.
– A falta de entrosamento entre a assembleia e a universidade só tumultua. Há um compromisso da reitoria de que ninguém será prejudicado. O serviço médico ocupacional e a superintência de RH estão à disposição para solucionar os casos, mas para isso é necessário que sejam encaminhadas as questões a serem atendidas.
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