Uma universidade não é só feita de alunos e professores. Os funcionários da PUC-Rio também integram a comunidade, e, embora não participem diretamente das atividades de ensino, têm a importante missão de manter a instituição em pleno funcionamento. Nesta quinta-feira, 15, o Centro de Pastoral Anchieta da PUC-Rio ofereceu uma festa de Natal aos prestadores de serviço que trabalham na limpeza do campus e no refeitório (confira a galeria de fotos). Com a colaboração de todos os departamentos, a comemoração reuniu, em três turnos, 300 funcionários, que participaram de brincadeiras e orações e também ganharam cestas básicas.
Segundo a animadora da Pastoral Maria de Belém, uma das organizadoras do evento, a intenção da festa é homenagear os profissionais, que podem passar despercebidos para alguns:
– É interessante perceber que esses funcionários se sentem parte da universidade, e não da empresa terceirizada. Nós queremos mostrar, com essa festa e com outras atividades que fazemos para eles, que ele faz parte da PUC – explica Maria, referindo-se a outros serviços disponibilizados pela Pastoral, como um pré-vestibular comunitário e cursos profissionalizantes promovidos em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).
Para Ernando de Oliveira, 40 anos, que trabalha na limpeza, os alunos da universidade reconhecem seu trabalho:
– Os alunos nos apoiam, reconhecem nosso trabalho. Essa é a nossa alegria, prestar serviços – conta o faxineiro, morador de Saracuruna, que aprendeu a mexer no pacote Office em um curso oferecido pela Pastoral.
Ex-empregada doméstica, a faxineira Cristiana Verdino, de 38 anos, trabalha na PUC há cinco anos. Cristiana conta que uma das razões de preferir o emprego atual é o tratamento recebido dos alunos e estagiários do Departamento de Comunicação Social, onde trabalha:
– Só de trabalhar em um lugar onde todos te tratam bem, já é muito bom. Eu gosto de limpar e gosto dos alunos.
Cristiana, que havia voltado à escola, para cursar o 6º ano do Ensino Fundamental, teve que parar novamente porque está grávida do seu quarto filho, uma menina, que nascerá este mês. Mas garante que voltará a estudar.
Aperfeiçoar os conhecimentos também está nos planos da colega de trabalho Margarida da Silva Pimenta, 42 anos. Ela participou este ano do pré-vestibular comunitário oferecido pela Pastoral, e por pouco não passou para Direito. Margarida também pensa em estudar Ciências Sociais. Mesmo não tendo passado neste ano, ela conta que não vai desistir de buscar melhores oportunidades.
– Estou lutando para arranjar um emprego melhor. Fiz um curso para ser ascensorista aqui e estou esperando uma oportunidade. Mas quero estudar Direito ou Ciências Sociais para lutar pelo direito das pessoas. Nosso país tem muitos problemas, como a desigualdade e a corrupção. Felizmente, as coisas estão melhorando, com governos se preocupando em melhorar a desigualdade, com a mulher conquistando altas posições, como nossa presidente.
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