Mesmo no inverno, os parques cariocas oferecem variadas opções de lazer, esporte, gastronomia e cultura para moradores e visitantes. Na Lagoa, a música ao vivo aquece a programação dos quiosques. Na Quinta da Boa Vista, caminhadas e shows se unem ao repertório conduzido pelo zoológico, pelo Museu Nacional e pelas atividades bucólicas. Já no Parque Laje a exposição Liberdade reúne, até agosto, pinturas, fotografias, vídeos e instalações feitos por Carlos Vergara com materiais e registros remanescentes da demolição do presídio Frei Caneca. O Portal  PUC-Rio selecionou algumas sugestões para aproveitar, ao ar livre, esses dias amenos na cidade.

Manobras de skate e wake se unem aos tradicionais pedalinhos 

Com 2,32 quilômetros quadrados de espelho d’água e 7,38 quilômetros de calçadão, a Lagoa Rodrigo de Freitas divide-se em quatro parques: Patins, Catacumba, Taboas e Cantagalo. Uma das melhores opções de entretenimento ao ar livre da cidade, é considerada também grande centro gastronômico. Reúne restaurantes diversas especialidades no entorno e quiosques igualmente variados às margens do cartão-postal.  Próximos ao Parque dos Patins, os de comida árabe (kafta de cordeiro sai a R$ 15) e de massas (penne à Sorrentini, a R$ 28) estão entre os mais concorridos .

Mesmo nessas semanas mais frias, esportes e atividades a céu aberto são o carro-chefe da Lagoa. Ainda no Parque dos Patins, entre o heliporto e o Clube Piraquê, o rinque de patinação e os shows nos quiosques (música ao vivo a partir das 18h) embalam a diversão naquela área frequentada por moradores e turistas.

Outra opção tradicional são os passeios de bicicleta (comum ou dupla) e de quadriciclo, este normalmente preferido por famílias. O aluguel dos veículos varia de R$ 8 a R$ 15, por meia hora.  

Para os amantes das modalidades aquáticas, a Lagoa – especialmente em dias sem vento – torna-se "um tapete lisinho para a prática de wakeboard", diz o instrutor Marcos Figueiredo. Ele garante que, apesar do frio, é a melhor condição para se praticar o esporte, das 8h às 20h. O aluguel do equipamento no Rio Wake Center custa R$ 180, por hora, incluída uma aula básica. Horários para iniciantes devem ser marcados com antecedênia (www.riowakecenter.com,br) 

Já o Parque da Catacumba, próximo à sede náutica do Botafogo, é conhecido pelas esculturas ao ar livre. Há 32, de diferentes artistas. O espaço se destaca também pelos quiosques de cozinhas internacionais nas redondezas do parque. Lá também pode ser feito um circuito de aventuras com as opções de arvorismo alto (R$30); arvorismo baixo, indicado para crianças a partir de 4 anos (R$ 20), muro de escalada (R$ 15), rapel (R$ 40) e tirolesa (R$ 20). Para quem tem fôlego, vale a pena subir a trilha e chegar ao topo do morro e apreciar a vista da Lagoa.

Ainda para os esportistas, o Parque Taboas, entre o Clube de Regatas Flamengo e o Clube Caiçaras, é um tradicional ponto de encontro. Com campos de futebol e tênis, mostra-se um dos lugares favoritos dos peladeiros. A área também atrai skatistas, pois acolhe locais apropriados para as manobras.

No Parque Cantagalo, próximo ao da Catacumba, encontra-se talvez a atração mais emblemática da Lagoa: os pedalinhos. O passeio nos barquinhos em forma de cisne de meia hora sai a R$ 20 (dois lugares) ou R$ 50  (seis lugares), e proporciona uma das vistas mais lindas do Rio.

A Lagoa conta com dois estacionamentos, no Parque dos Patins e no Parque da Catacumba. A segurança é feita por duas patrulhas da Guarda Municipal e duas da Polícia Militar. Oito agentes patrulham o calçadão das 7h às 19h.

Piquenique e arte estendidos no Jardim Botânico

Com área em torno de 52 hectares e uma tradição que une belas paisagens e arte, o Parque Lage, no Jardim Botânico, também representa um oásis urbano. Fez parte de várias produções cinematográficas, como “Terra em Transe”, de Glauber Rocha, e clipes musicais, como ”Don’t Lie”, do Black Eyed Peas, o que já justifica a visita.

Lá o visitante encontra tanto opções culturais quanto de entrenimento em meio à natureza. Desde as contemplativas, como os piqueniques sempre em moda, até as que exigem um pouco mais de esforço. Do estacionamento do parque, saem grupos de caminhadas para percorrer uma das trilhas mais famosas do Rio, a do Corcovado, com 2.240 metros de extensão. No dia 23 de julho, um desses grupos partirá às 8h30 do Parque Lage (inscrições podem ser feitas pela internet: www.trilhasdorio.com.br/parquelagecristo.html.

O parque também acolhe um aquário, dentro da gruta, e a tradicional EAV (Escola de Artes Visuais). Nela fica até agosto a exposição Liberdade, de Carlos Vergara. A mostra apresenta pinturas, fotografias, vídeos e instalações baseados em materiais e registros relativos à demolição do presídio Frei Caneca.

Na EAV funciona o Café du Lage, aberto das 9h às 22h30, durante a semana, e das 9h às 17h30, de sexta a domingo. Aos fins de semana é servido um café da manhã com pães artesanais, ricota temperada, geleias caseiras, frutas frescas, bolo, queijo minas café ou chocolate e suco natural (R$ 20). O local não aceita cartões de crédito. O estacionamento é o mesmo do parque (gratuito).  

Quinta concentra zoológico, museu e atividades bucólicas

Transformada em parque aberto ao público, a antiga residência da família real portuguesa é uma dos principais centros de lazer na cidade. Os 155 mil metros quadros reúnem, por exemplo, o zoológico, o Museu Nacional, campos de futebol, praças com brinquedos e um lago no qual pedalinhos e canoas promovem um encontro de gerações. Entre os bairros de São Cristóvão, Tijuca e Vila Isabel, na Zona Norte, a Quinta de Boa Vista também recebe atividades esportivas e culturais. A partir de 16 de julho, estão programadas três atividades: treino de meia maratona, na manhã do próprio dia 16; caminhada da Light, no dia 24; e a chegada da prova Tour do Rio, dia 31. 

Para explorar a grande área verde ocupada pelos jardins imperiais, o visitante pode alugar uma bicicleta, por R$ 10 (meia hora), mesmo valor cobrado pelo passeio de pedalinho ou canoa. A exemplo do Parque Lage, a Quinta tem vários pontos para piqueniques.  

O visitante também pode explorar o Museu Nacional. Com acervos de zoologia, arqueologia, etnologia, geologia, paleontologia e antropologia biológica, o espaço proporciona uma viagem no tempo. Abre de terça a domingo, inclusive feriados, entre 10h e 16h. A entrada custa R$ 3 para maiores de 12 anos e R$ 1 para crianças entre 5 e 12 anos. Menores de 5 anos não pagam.

Já o Rio Zoo ocupa uma área de 138 mil metros quadrados. Reúne mais de dois mil espécies, entre répteis, mamíferos e aves. Fica aberto de terça a domingo, entre 9h e 17h. A entrada custa R$ 6, com meia entrada para estudantes e menores de 12 anos. Há gratuidade para crianças de até um metro de altura, idosos e acompanhantes de portadores de necessidades especiais. O estacionamento custa R$ 2,50 durante a semana e R$ 8 nos fins de semana.

Quem pretende passar o dia na Quinta, pode optar pelos piqueniques e lanches rápidos ou por uma refeição no restaurante do parque. O peito de frango à campanha sai a R$ 38. Já o bacalhau ao forno custa R$ 136. Os tíquetes Sodexho e TR, além dos cartões de crédito American Express e Visa são aceitos.

Em busca dos tempos dourados

Na Gávea, perto ao Instituto Moreira Salles, encontra-se um cartão-postal esquecido. Se até os anos 1980 os 470 mil metros quadrados do Parque da Cidade concorriam com os principais pontos turísticos do Rio, os visitantes escassearam. A extensa área verde, o ambiente calmo, das trilhas e cachoeiras sucumbiram às dúvidas quanto à segurança do local.

A inauguração da base da Guarda Municipal e o deslocamento de uma patrulha motorizada do Parque da Urca são esperanças de que o problema seja resolvido e o parque volte a atrair mais visitantes. Para isso, os administradores confiam também na reforma do Museu Histórico da Cidade, cujo acervo  conta a história da cidade, desde a fundação até o período republicano. O museu será reaberto só no próximo ano. 

O Parque da Cidade fica aberto 24 horas e tem estacionamento gratuito. As patrulhas circulam entre 7h e 19h.