O segundo dia de debates do seminário "Caminhos do Brasil", realizado em agosto, na PUC-Rio, teve como tema, na parte da manhã, as relações internacionais. A mesa foi formada por Luiz Felipe Lampreia, professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM–RJ) e ministro das Relações Exteriores durante o governo FHC, Salvador Raza, professor da Universidade Nacional de Defesa em Washington e coordenador do curso de Relações Internacionais da Facamp, e, como mediadora, Maria Regina de Lima, professora da PUC-Rio.
Maria Regina fez uma retrospectiva da política externa brasileira desde o início da Guerra Fria até os dias atuais e concluiu definindo os principais desafios de hoje: definir qual será a postura do país, caso seja eleito membro permanente do Conselho de Segurança da ONU; e refletir sobre até que ponto o Brasil realmente representaria a América Latina. Salvador Raza discutiu sobre as possibilidades práticas da absorção dos alunos pelo mercado de trabalho e as dividiu em três blocos: formação de políticas, negócios internacionais e comércio internacional. Por último, Luiz Felipe Lampreia analisou a relação política entre Brasil e Estados Unidos. Ele disse que, pelo fato de a liderança americana no mundo estar debilitada, deveríamos voltar nossas atenções para o Cone Sul – possuidor de uma conexão industrial e energética com o Brasil. Terminou dizendo que acha mais relevante para o país fazer parte do G-8 do que ser membro permanente do Conselho de Segurança. “Temos que ser realistas: fazer parte do Conselho é uma hipótese remotíssima e não há ali nenhum problema que tenha a ver com interesses brasileiros.”.
O Portal PUC-Rio Digital pediu a Lampreia indicações de um livro e um filme para os alunos de Relações Internacionais.
Eis as dicas: o livro “Diplomacy”, de Henry Kissinger, publicado pela Simon & Schuster, em 2002, com preço em torno de R$ 50 (“É um livro básico para todo e qualquer estudante de Relações Internacionais”); e o filme “Sobre a névoa da guerra”, de Errol Morris, de 2004.
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