Bruna Santamarina e Luísa Sandes - Do Portal
21/08/2009A União Europeia (UE) possui estruturas que privilegiam relações de liberdade e de mobilidade. Os 27 países do principal bloco econômico mundial não possuem barreiras para a circulação de mercadorias, capitais e, principalmente, pessoas. Em 1951, instituiu-se a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, que abriu portas para o posterior desenvolvimento das relações no continente. A partir de 1973, o bloco tem se ampliado, com a adição de novos países. Elspeth Guild, professora da Radboud University Nijmegen, na Holanda, esteve, a convite do professor Paulo Esteves, na PUC-Rio, para a Aula Inaugural do Instituto de Relações Internacionais, nesta quarta-feira, 19.
– As estruturas da UE limitam o propósito dos argumentos de segurança nacional. O direito das pessoas se moverem foi privilegiado em detrimento dos argumentos de que a soberania de Estados-membros deveria ter prioridade – explica.
Ela discutiu com os alunos as relações que existem no bloco. Segundo Elspeth, as respostas foram excelentes:
– Os alunos que conversaram comigo depois da aula fizeram perguntas muito inteligentes. Eles entenderam claramente meus argumentos, tiveram uma abordagem crítica dos assuntos e formaram seus próprios pontos de vista.
Elspeth ministra a disciplina Leis de Migração Europeias na Radboud University Nijmegen, e é professora convidada da London School of Economics, da Ingalterra, e da College of Europe, na Bélgica. No final do mês de junho deste ano, ela ganhou o prêmio Jean Monnet Professorship, da Comissão Europeia.
– Me senti honrada e encantada em dar a palestra. Ficarei triste de deixar o país no final do mês, mas terei comigo ótimas lembranças e novas ideias para futuras pesquisas. A oportunidade de conhecer a PUC-Rio e seus estudantes foi fascinante e de grande valor para meu trabalho – afirma.
Liderança e influência digital de Papa Francisco ampliam número de fiéis
Ida de Obama a Cuba e Argentina indica guinada dos EUA
Nick Davies: "Hoje escolhemos o assunto que vai vender e que é mais barato de cobrir"
"Benefícios da redução do protecionismo argentino na economia brasileira não virão no curto prazo"
"De longe, compreendi a magnitude dos fatos"
Combate ao terror exige coalizão contra EI e políticas integradoras