Dois meses depois de ter a varanda demolida, em 5 de fevereiro, por ocupar irregularmente a calçada da Rua Marquês de São Vicente, o bar Espeluca Chic reabriu as portas nesta segunda-feira, 6 de abril. Moradoras da Gávea esperam que o novo capítulo de uma batalha judicial iniciada em 2008 consolide a ordem. E cobram do poder público ações para prevenir o aumento da população de rua e para conservar os logradouros da região.
A área ocupada pela extinta varanda de
– Como o bar fica aberto até tarde, há um movimento maior na rua e o local fica iluminado. Durante o tempo em que o bar ficou fechado, a rua ficava deserta - conta.
Parte dos moradores aprovou a iniciativa, como um exemplo de ordem urbana; outra parte considerou-a "um exagero" e acredita que o poder público deve se voltar para "outras prioridades". Na opinião da médica Beatriz Cardoso, a prefeitura deve agir de forma preventiva, para evitar "ações extremas", que prejudiquem a rotina dos moradores.
– Espero que seja resolvida logo, para que depois não seja preciso tomar uma medida tão drástica de novo. A calçada quebrada [em decorrência da demolição] fez com que moradores tivessem que passar pelo meio da rua - lembra Beatriz.
Já a artista plástica Lúcia Helena, moradora do bairro há dez anos, apoia ações do gênero, mas pede que sejam tomadas medidas para assegurar a fluidez do trânsito.
– No dia da demolição, o trânsito ficou um inferno. A construção era irregular e precisou ser punida por isso, mas os moradores não podem ficar prejudicados. Não dá para parar o trânsito toda vez que tiver choque de ordem. Eu levei cerca de uma hora para atravessar a Marquês de São Vicente. Tinha um compromisso e cheguei atrasada – reclama.
Para melhorar o fluxo no trânsito da Marquês de São Vicente, o vendedor Paulo da Silva propõe uma fiscalização mais intensa:
– O trânsito aqui é frequentemente ruim. É preciso que os guardas fiquem mais atentos para desafogar o tráfego.