Fernanda Ralile - Do Portal
09/11/2007Estética: encontro entre TV e cinema nas minisséries da TV Globo *
Quem veio?
Daniel Filho, carioca, ator, diretor e produtor de televisão, cineasta.
Por que veio?
Palestrar no seminário “Estética: encontro entre TV e cinema nas minisséries da TV Globo”. Daniel falou sobre diferenças e semelhanças na hora de uma adaptação literária para o cinema e para a TV.
Onde foi?
Na PUC-Rio, 22 de março de 2007.
Melhores momentos
“O que eu tenho de talento é ter vivido muito. Então eu sei de muitas coisas mais por ser velho do que propriamente por ser inteligente. Eu posso falar pra vocês de várias coisas tanto da TV como da vida pessoal também. Eu, por exemplo, sei como sair numa boa de uma DR (discussão de relação), que é uma coisa que eu tenho certeza que vocês, jovens, não sabem!”
“Eu comecei em circo, sério! Eu venho do circo, minha origem é circense. Eu vim de circo, fiz teatro-revista, fiz teatro, fiz rádio, fiz cinema, fiz casamentos, próprios e dos outros.”
“No cinema, cada país ou cada espaço tem uma pulsação diferente. Mais do que isso, eu acho que cada filme, cada história tem uma pulsação diferente.”
“Vejam os velhos filmes, porque eu acho que os melhores filmes já foram feitos.”
“As artes se integram, uma comenta a outra. Elas se influenciam e para permanecer vivo esse tempo todo você tem que estar atento ao que está acontecendo.”
“Tem uma máxima dita por um grande escritor americano de cinema, chamado Will Goldman, que é: ninguém sabe nada, tudo que foi dito pra vocês aqui não vale nada! Essa coisa, que é trabalhar com imagem, não é uma ciência exata. Sendo assim, todas as fórmulas podem funcionar ou não. O que se sabe com o tempo? Aquilo que você não deve fazer, mas não quer dizer que não seja aquilo que o outro não deva fazer.”
“Um filme pode nascer três vezes. Ele nasce no script, na filmagem e na montagem. O primeiro é o que a gente imagina que vai ser, o segundo é quando aquilo que se imagina toma forma, e finalmente a montagem vai dizer se a história que iria ser contada foi realmente contada.”
“A novela é redundante, ela conta e reconta diversas vezes. O cinema não deve nunca ser redundante.”
Uma palavrinha a mais
- Antônio Calmon esteve aqui e numa parte da palestra disse que “tudo já foi feito, tudo já foi dito”. E os alunos de cinema da PUC-Rio estão com esse desafio de adaptar um conto de Machado de Assis. Que dica você daria para fugirmos do comum?
- Não fujam do comum! Não tentem ser modernos. Não façam isso! Façam o simples. Depois disso, aí sim... mas aí é outra história...
* Acompanhe a seqüência do seminário “Estética – encontro entre TV e cinema nas minisséries da TV Globo”:
1 – Luís Erlanger.
2 – Luiz Fernando Carvalho.
3 – Luiz Gleiser.
4 – Geraldo Carneiro.
5 – Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira.
6 – Antônio Calmon.
7 – Daniel Filho.
8 – Guel Arraes.
9 – José Lavigne.
10 – Walcyr Carrasco.
11 – Sílvio de Abreu.
12 – Sérgio Marques.
13 – Glória Perez.
14 – Edson Pimentel.
15 – Maristela Veloso e Alexandre Ishikawa.
16 – Eduardo Figueira e Maurício Farias.
17 – José Tadeu e Celso Araújo.
18 – José Cláudio Ferreira e Keller da Veiga.
19 – Ariano Suassuna.
20 – Luiz Fernando Carvalho (e equipe).
21 – Betty Filipecki e Emília Duncan.
22 – Denise Garrido e Vavá Torres.
23 – Cláudio Sampaio e Alexandre Romano.
24 – Edna Palatinik e Cecília Castro.
25 – Roberto Barreira e Marcinho.
26 – Cadu Rodrigues.