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Rio de Janeiro, 22 de novembro de 2024


Cultura

Agência Pública vai abrir centro de jornalismo

Thais Albuquerque - Do Portal

04/03/2016

 Divulgação Pública

A agência de jornalismo investigativo e independente Pública, que completa cinco anos neste mês, vai inaugurar, no dia 19 de março, o primeiro centro cultural de jornalismo do país, com o objetivo de promover e receber eventos como workshops, laboratórios, mostras de filmes, exposições e palestras. Localizado na Rua Dona Mariana, 81, Botafogo, o espaço vai funcionar das quartas aos sábados das 10h às 21h.

Segundo a coordenadora de comunicação da agência, Marina Dias, a Pública tem a vocação de promover e apoiar o jornalismo investigativo e independente, ajudando quem quiser ingressar no ramo: “Hoje a gente está vendo uma explosão de novas iniciativas no jornalismo independente e a gente celebra isso, ficamos muito felizes e queremos apoiar essas organizações”. E com a intenção de estimular discursos e debates, Marina revela que todos os documentos consultados pelos repórteres para produzir suas matérias estão sempre à disposição do leitor: “Queremos contribuir para a melhoria dos debates no Brasil. Acho que a gente consegue fazer isso dando uma base para as pessoas se informarem, discutirem e irem atrás da informação”.

O site da agência é composto por grandes matérias sobre violações de direitos humanos, produzidas por repórteres “incansáveis”, como definiu a jornalista: “Nossos repórteres são incansáveis, enquanto eles não falam com 30 fontes e não vão ao local ver o que está acontecendo, eles não sossegam.  Enquanto eles não têm uma história, eles não ficam tranquilos.” E para ela, a importância do jornalismo investigativo é essa: apurar e falar com o máximo de fontes possíveis.

 Arquivo Pessoal

Recentemente, a Pública divulgou um guia com 70 iniciativas de jornalismo independente que nasceram na rede e não têm nenhuma ligação com grupos políticos ou empresas. Marina acredita que esse mapeamento pode servir de exemplo para quem está atrás de uma oportunidade na área, mas sofre os impactos da crise que têm deixado cada vez mais estudantes e jornalistas formados desempregados: “A gente acredita muito em organizações feitas e tocadas por repórteres. Nós apoiamos essas organizações e esse tipo de jornalismo. Acho que diante desta situação, a solução é prestar atenção no que está sendo feito, no que está rolando e como as pessoas estão se articulando.” Para ela, a principal função do mapa é ajudar a desvendar como essas organizações se mantém e se organizam.

Outra forma de apoiar o jornalismo investigativo encontrada pela Pública foi incubar outras iniciativas como a Ponte – organização focada em segurança pública – e auxiliar a Amazônia Real que elabora reportagens sobre e na Amazônia.

O evento de inauguração da Casa Pública vai contar com a presença da organização Aos Fatos e da Lupa, além da diretora de comunicação da Chequeado, Laura Zommer. Também haverá conversas sobre checagem de dados, uma entrevista da diretora da Pública, Marina Amaral, que vai conversar com os jornalistas Chico Otávio e Rubens Valente, uma exposição de fotos mostrando os impactos da Copa do Mundo na vida dos brasileiros e algumas intervenções artísticas.