Lucas Paes - aplicativo - Do Portal
19/02/2016A documentarista Cristiana Grumbach, formada em Comunicação Social da PUC-Rio e com 20 anos de experiência em produção audiovisual – entre as quais a de assistente de direção de Eduardo Coutinho em Edifício Master e outros filmes do diretor –, inicia em março a primeira turma da sua Escola de Documentários, com Curso de Documentário – Teoria e Prática, no Espaço cultural Habitat Carioca, na Glória.
O curso dura um semestre, com dois encontros semanais à noite, até julho, somando carga horária total de 92 horas. O módulo teórico percorrerá os pontos fundamentais da trajetória do cinema documentário e estudará técnicas de entrevista, pesquisa de personagem, estratégias de direção, produção, leis de incentivo e noções de direitos. Já na parte prática, os alunos – sem restrição de idade, experiência profissional ou formação – terão a oportunidade de produzir seus próprios documentários.
A ementa do curso prevê a abordagem de questões éticas e formais e de noções de direito, em parceria com o produtor Luiz Alberto Gentile. Segundo Cristiana, esses pontos são importantes devido à necessidade de preservação da vida pessoal dos entrevistados, superdimensionada pela exposição oferecida pelo alcance do filme junto ao público:
– Temos de pensar que a vida das pessoas continua depois dos filmes, e é mais importante que eles. No documentário, às vezes é preciso proteger o sujeito dele mesmo. Não se filma nem se vê impunemente.
As aulas teóricas do Curso de Documentário serão realizadas entre os dias 8 de março e 5 de maio, às terças e quintas, das 19h às 22h. Já a parte prática se estenderá de 10 de maio a 12 de julho, com o lançamento dos filmes previsto para o dia 16 de julho. A matrícula deverá ser feita pelo site escoladedocumentarios@gmail.com. Para informações, o telefone é (21) 2554-4814.
Diretora, roteirista, pesquisadora e editora, Cristiana Grumbach dirigiu os documentários de longa-metragem Morro da Conceição (2005), As cartas psicografadas por Chico Xavier (2010) e Filmes de Gordinho (2015), e os documentários de curta-metragem O joelho de Ives (2011), Mestre Adorcino e o estuque ornamental (2013), Um microondas foi pro ferro-velho (2015) e Bandeira de Mello e a arte do afresco (2015), produzidos pela sua produtora, a Crisis Produtivas.
Entre 2012 e 2015 colaborou como roteirista de edição no programa Entre Fronteiras – África, dirigido por Luis Nachbin, professor da PUC-Rio, exibido no Canal Futura.
Colaborou com Eduardo Coutinho como assistente de direção, pesquisadora e segunda câmera nos longas-metragens Santo Forte (1999), Babilônia 2000 (2001), Edifício Master (2002), Peões (2003), O fim e o princípio (2005) e, como diretora-assistente e pesquisadora em Jogo de cena (2007).
Dirigiu, roteirizou e editou ainda documentários, institucionais e programas para o Canal Futura, GNT, TV Sesc/Senac, TV Escola, Sebrae, Ministério do Trabalho, Grupo Pão de Açúcar, Prefeitura do Rio de Janeiro, UFRJ, Dialog Consultoria, Grupo EBX, Fiocruz, Museu da Vida, Vale do Rio Doce.
Em 2006 e 2008, orientou a Oficina de Desenvolvimento de Projetos do programa DOCTV / TV Brasil. Em 2010, orientou a Oficina de Produção em Documentário para o programa Revelando os Brasis, do Ministério da Cultura. Em 2013, orientou a Oficina de Criação e Produção de Documentário na AICTV. Em 2015, deu aulas de Técnicas de Entrevista" no curso de Documentário na AIC. Atualmente desenvolve o projeto de documentário de longa-metragem Clara Nunes, é preciso cantar em tom de esperança.
Luiz Alberto Gentile, sócio da Crisis Produtivas, advogado formado e pós-graduado em Direito da Propriedade Intelectual pela PUC/Rio, com curso em Direito do Entretenimento pelo Centro de Estudos e Pesquisas no Ensino do Direito da Uerj, Formação Executiva em Cinema e TV pela FGV/RJ, e Contabilidade Avançada para Advogados pela Coordenação Central de Extensão da PUC-Rio.
É produtor dos documentários de longa-metragem Morro da Conceição (2005) e As cartas psicografadas por Chico Xavier (2010), ambos de Cristiana Grumbach, e de Aspirantes (2015), de Ives Rosenfeld, vencedor do Carthe Blanch do Festival de Locarno 2014, melhor diretor, ator e atriz coadjuvante no Festival do Rio 2015, melhor filme pela Abraccine no Festival Internacional de São Paulo 2015, melhor roteiro e montagem no Festival da Fronteira 2015 e participante de diversas mostras e festivais internacionais. Produziu também Mulheres no Poder (2015), de Gustavo Acioli.
Para a televisão, produziu a série documental Going Professional (2009) para o Canal Futura, e a série de ficção Décimo Andar (2016) para o Canal Brasil. Foi consultor jurídico dos longas-metragens Crônica da demolição (2015), de Eduardo Ades, e Yorimatã (2014), de Rafael Saar, e dos programas Larica total, do Canal Brasil, e Katylene, da MTV, além de filmes de curta-metragem.