Quatros contos de Machado de Assis, que fazem parte do livro Contos Fluminenses, serviram de inspiração para Haroldo Barbosa filmar O Demoninho de Olhos Pretos: "Luís Soares", "Dívida extinta", "To be or not to be" (Ser ou não ser) e Aires & Vergueiro. Estrelado por Nelson Freitas, o filme foi exibido em pré-estréia no início de novembro, no auditório do RDC.
- Escolhi manter a linguagem antiga do texto, pois adaptar é trair. Quem faz isso, rouba a idéia da trama. É como roubar piada, um crime hediondo – diz o diretor.
Haroldo se formou em Engenharia Mecânica na PUC-Rio, na década de 60, mas nos últimos dois anos do curso já sabia o que queria fazer: cinema.
- Meu negócio era matemática. Eu gostava de cinema, mas só conheci alguém que trabalhasse com isso na PUC. Quando terminei o curso, um amigo me perguntou: “E agora?”, e eu disse que ia tentar cinema. Ele me respondeu que ia ganhar dinheiro.
O cineasta conta que a maior dificuldade encontrada foi manter-se fiel ao roteiro e dentro do orçamento. Todas as cenas de interiores foram filmadas na Casa Rui Barbosa, em Botafogo, durante cinco dias.
- Foi uma correria, o plano de produção era extremamente rígido, por tratar-se de um filme de época. Gastei muito dinheiro com a equipe de arte.
"Demoninhos de olhos pretos" invadem as telas
Adaptação de Machado tem pré-estréia na PUC-Rio
'O Mambembe': novo musical de Rubens Lima Jr
Rio recebe marcos da paisagem paulistana
Agência Pública vai abrir centro de jornalismo
Documentarista reúne teoria e prática em curso