Filme desmistifica história do Cristo Redentor
Tatiana Carvalho - Do Portal
12/11/2008
Uma das sete novas maravilhas do mundo, o Cristo Redentor, tem uma história que poucos conhecem. O monumento, que está a 710 metros de altura e pesa 1145 toneladas, foi construído em 1931, por Heitor da Silva Costa, com colaboração do escultor francês Paul Landowski e desenho final do artista plástico Carlos Oswald. O engenheiro dedicou 10 anos de sua vida ao projeto, morou com operários em uma tenda, se converteu ao cristianismo e colocou um vidro com sua árvore genealógica no coração da obra. E foi justamente para homenagear Heitor, seu bisavô, que Bel Noronha filmou o média-metragem “De Braços Abertos”, exibido na sala F502 da PUC-Rio, na semana passada.
- Resolvi fazer esse documentário para desmentir todas as histórias erradas que envolvem o Cristo. Pensei “ele é um símbolo do Rio de Janeiro e ninguém sabe sua história. Quem sabe, sabe errado”. Tem gente que acha que ele foi presente dos franceses – diz a diretora. Ela conta que bateu de porta em porta nas casas do Cosme Velho para conseguir personagens.
Antonio Edmilson, professor de História da PUC-Rio, afirma que é difícil imaginar o Corcovado sem o monumento e avalia os benefícios que ele traz para a cidade:
- Descobrir a real história do Cristo é um elogio para os cariocas. Aumenta a singularidade, a auto-estima e a importância da cidade, já que não é qualquer um que consegue fazer aquilo no pico do morro.
O filme, que estreou em outubro, tem depoimentos de Chico Buarque (que canta “Corcovado” pela primeira vez), do cineasta Nelson Pereira dos Santos e do historiador Milton Teixeira. São utilizadas imagens raras de acervo e trechos do diário de Heitor.