Felipe Betim - Da sala de aula
11/11/2008Foi realizada ontem, 10, na sala K102, a palestra “Jornalismo e economia no centro da crise”. O evento, organizado pelo Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio, contou com as presenças do economista Luiz Roberto Cunha, decano do CCS e professor de economia da Universidade, e das professoras de Comunicação Suely Caldas e Ivana Barreto. Durante mais de três horas, os palestrantes discutiram a atual crise econômica e responderam inúmeras perguntas dos alunos do curso. Luiz Roberto, especialista em inflação e conjuntura econômica, e Suely, que foi diretora de O Estado de São Paulo por 16 anos e atualmente assina uma coluna no jornal, aos domingos, explicaram a crise e seus efeitos para o Brasil e o mundo.
A palestra começou com o professor Luiz Roberto fazendo um balanço das crises cambiais e financeiras que afetaram, respectivamente, países emergentes e desenvolvidos entre as décadas de 1980 e 2000. Em seguida, ele comparou a crise de 1929 e a atual, ressaltando alguns fatores de diferenciação, como o fato do mundo, hoje, ser mais globalizado e interdependente.
Na segunda parte da palestra, a mesa discutiu a economia americana nas duas últimas décadas. O professor salientou que o país tem vivido com um forte déficit fiscal e externo e apresentou os antecedentes da crise, além da cronologia dos eventos que contribuíram para seu aprofundamento. Houve, então, um debate sobre a real responsabilidade dos EUA na crise, chegando-se ao consenso em torno da incompetência do governo Bush, do FED (banco central americano) e do FMI na sua função de regular e fiscalizar o mercado financeiro.
Em seguida, os palestrantes discutiram a situação do Brasil no cenário econômico mundial. Esclarecendo diversas questões dos alunos, eles disseram que o país está preparado para enfrentar a crise. Suely Caldas chamou a atenção para o Proer (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional), instituído durante o governo FHC, responsável pela estrutura que permite ao Estado acompanhar o mercado e o Banco Central evitar a crise.
Na parte final do evento, foi aberto espaço para perguntas dos presentes. Entre elas, dúvidas sobre o que fazer com os investimentos e perspectivas para o futuro.
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