Na esteira da polêmica das biografias e das manifestações populares, artistas, jornalistas, acadêmicos e intelectuais renovam o debate sobre as feições e as fronteiras da liberdade. Organizado pela professora de Comunicação Social da PUC-Rio Clarisse Fukelman, o ciclo Liberdade, liberdade mergulha em múltiplas faces do tema. As mesas, que se estendem até o próximo dia 12, no Espaço Sesc Copacabana, sempre às 19 horas, exploram a capacidade de a liberdade se reinventar e despertar novos olhares, novas reflexões, como indicam, as vozes que entoam seu nome nas ruas ou que a invocam em diversas expressões artísticas.
A iniciativa, que pretende questionar até onde vão o livre pensar e o livre agir, reveste-se de atualidade ao refeletir, por exemplo, sobre o acesso à informação, na próxima segunda. Os escritores Cora Rónai e José Murilo de Carvalho vão discutir como as ações políticas e jornalísticas se colocam entre a censura, a verdade e a irreverência.
Com a consultoria de Clarisse Fukelman, que também faz a mediação dos debates, o programa mostra-se variado. Na segunda-feira (4), o ator e diretor fundador da Cia dos Atores, Cesar Augusto, e o grupo de teatro e dança Cia. Dos à Deux abriram o ciclo de debates com a palestra Percursos engajados, atalhos camaleônicos: teatro e performance. Ontem (5), o poeta, Carlito Azevedo e o filósofo e integrante da Cia Teatral Ueinzz Peter Pál Pelbart invadiram o territórios dos jogos na palestra Palavras expandidas, cogitação sobre a liberdade: Literatura e Filosofia.
Na próxima segunda (11), os escritores, Cora e José Murilo irão debater ações políticas e jornalísticas em momentos de crise e em cenários midiáticos, na palestra Política, mídias e jornalismo: entre a censura, a verdade e a irreverência. Na terça (12), a diretora e roteirista Flávia Castro e o documentarista João Moreira Salles conversam sobre "os limites e passagens entre o eu e o outro", na mesa Rasuras do real na ficção e no documentário: cinema e sociedade.