O aumento das ofertas de transportes de alta capacidade – ferroviário e metroviário – do Rio de Janeiro fará com que eles representem, juntos, mais de 50% das viagens feitas diariamente pela população – hoje, apenas 14% das locomoções são de metrô ou trem. É o que afirma o engenheiro Alexandre Techima, gerente de projetos do Comitê Rio 2016. Techima abriu na última terça-feira (13), no RDC, a série de palestras da 26ª Semana de Administração – Construindo o Rio do Futuro: Desafios e Oportunidades, promovido pelo IAG-PUC-Rio. Segundo ele, o crescimento nas malhas metroviária e ferroviária faz parte de uma mudança na “dinâmica do transporte” da cidade.

– Se compararmos, esses números são muito superiores a de outras grandes cidades, como Londres, por exemplo –garante Techima.

O gerente de projetos destaca que a candidatura para sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos foi baseada visando cinco pilares estratégicos: buscar excelência técnica, capitalizar o Brasil para realizar grandes eventos, melhorar a imagem global do Brasil, usar o legado do esporte e infraestrutura para a cidade crescer e, por último, promover o engajamento para que novos públicos venham a se interessar pelas Olimpíadas.

– Esse último, para o Comitê Olímpico Internacional (COI), é muito importante, pois garante um movimento olímpico maior depois de cada edição – afirma Techima.

Techima revelou aos futuros administradores alguns valores das despesas dos jogos:

– Só com infraestrutura de transporte se gasta US$ 5,1 bilhões. Já com instalações esportivas são US$ 317 milhões, e com frente trabalhista, US$ 341 milhões. Cerimônias e promoções também chamam atenção: US$ 532 milhões.

O gerente da Rio 2016 afirmou ainda que a proposta enviada ao COI para que os Jogos sejam realizados de uma forma mais sustentável, ou seja, com pouca emissão de gás carbônico, está garantida. Ele explica que a cada ano serão enviados relatórios mostrando os indicadores das emissões.

Turistas

Segundo Techima, a estimativa de que 300 mil turistas devem visitar o Rio de Janeiro é “conservadora”. Ele acredita que esse número deve chegar à casa de 1,5 milhão de pessoas.