Estética – encontro entre TV e cinema nas minisséries da TV Globo
Quem veio?
Luiz Fernando Carvalho, diretor de cinema e TV.
Por que veio?
Palestrar no seminário “Estética – encontro entre TV e cinema nas minisséries da TV Globo”. Exibiu cenas de Lavoura arcaica, Os Maias, Hoje é dia de Maria e em seguida mostrou trechos de obras literárias que serviram de base para esses trabalhos. Ao final, respondeu às muitas perguntas feitas pelos alunos.
Onde e quando foi?
Na PUC, 1º de março de 2007.
Melhores momentos
“A função do diretor é criar acontecimentos diante da câmera, para que depois ele filme.”
“A minha motivação no cinema é a passagem de um estado para outro. A cada instante preparar o espectador, como um pintor escolhe e mistura as suas cores, ou como um músico, ou como um pajé que reúne suas folhas para depois extrair delas um conjunto de sensações.”
“Além de fundar a narrativa, a linguagem é também um instrumento que, com o seu rigor, desorganiza um outro rigor, o das verdades pensadas como irremovíveis. Linguagem é a mesma coisa que necessidade.”
“O paradoxo de um filme reside no fato de só ser cinema no exato momento de seu começo, na tela ainda em branco. E permanece em branco quando nada ainda foi projetado na sua superfície. O que faz com que um filme seja cinema, que a linguagem visual de um filme seja cinema, é também uma espécie de ritual prévio que traça o espaço da consagração das imagens, e isso é justamente a imaginação. A imaginação precede a criação dasimagens.”
“Tem um pensamento do Paul Valéry que eu acho maravilhoso, que é: como apreender emoções sem o tédio da comunicação? É isso que me interessa!”
“Depois que você atinge um conhecimento e uma segurança da gramática cinematográfica, você consegue perceber um pouco mais a função, a dramaturgia, e, principalmente, a emoção de cada lente. Você começa a se soltar e a se oferecer a esse olho, ele passa a ser um prolongamento seu.”
“O artista trabalha no imponderável, numa zona de mistério e de queda o empo inteiro, ele está sempre morrendo e nascendo. Eu sei que cada obra vai exigir isso de mim, que eu morra e nasça dentro dela mesma, para escobrir como contá-la.”
“Eu não me preocupo com ibope. Tenho que pensar numa força maior do que isso, que se chama comunicação. Então, quando eu estou trabalhando, estou sempre tentando chegar à essência dela, na minha essência. Eu me exponho muito nos meus trabalhos, eles falam por mim de uma forma muito melhor. Então quando eu faço o processo de busca para um trabalho, que é como uma escavação, eu procuro saber se eu estou conseguindo passar primeiro para mim e por mim aquela informação, aquele sentido, aquele signo, aquelesinal.”
“O Brasil é múltiplo, multifacetado e imenso, todo mundo sabe. O que é um bom tempo pra você em termos atmosféricos, aqui no Rio, é um péssimo tempo para o sertanejo. O sertanejo abre a janela, vê as nuvens carregadas, o céu pesado, e fala: ‘Que lindo dia!’”
.Acompanhe a seqüência do seminário “Estética – encontro entre TV e cinema nas minisséries da TV Globo”:
1 – Luís Erlanger.
2 – Luiz Fernando Carvalho.
3 – Luiz Gleiser.
4 – Geraldo Carneiro.
5 – Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira.
6 – Antônio Calmon.
7 – Daniel Filho.
8 – Guel Arraes.
9 – José Lavigne.
10 – Walcyr Carrasco.
11 – Sílvio de Abreu.
12 – Sérgio Marques.
13 – Glória Perez.
14 – Edson Pimentel.
15 – Maristela Veloso e Alexandre Ishikawa.
16 – Eduardo Figueira e Maurício Farias.
17 – José Tadeu e Celso Araújo.
18 – José Cláudio Ferreira e Keller da Veiga.
19 – Ariano Suassuna.
20 – Luiz Fernando Carvalho (e equipe).
21 – Betty Filipecki e Emília Duncan.
22 – Denise Garrido e Vavá Torres.
23 – Cláudio Sampaio e Alexandre Romano.
24 – Edna Palatinik e Cecília Castro.
25 – Roberto Barreira e Marcinho.
26 – Cadu Rodrigues.
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