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Rio de Janeiro, 2 de maio de 2024


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Síndrome de Burnout, um mal a ser combatido

Yasmim Rosa - Do Portal

14/04/2009

Reprodução

Celulares com acesso à internet, televisão digital e interativa, carros de alta potência. É comum as pessoas receberem todos os dias um turbilhão de informações sobre lançamentos de novas tecnologias. Porém, o século XXI não trouxe só o progresso e o desenvolvimento. O homem moderno, em meio aos avanços tecnológicos, se depara cada vez mais com doenças que até pouco tempo não eram comuns. A Síndrome de Burnout, por exemplo, é um entre tantos males que atingem alguns professores atualmente. Para falar sobre o tema, a PUC-Rio promoveu o debate Síndrome de Burnout em professores: identificação, tratamento e prevenção, no dia 7 de abril.

O debate faz parte da Campanha Saúde do Professor, promovida pelo Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro (SINPRO-Rio), que pretende englobar escolas de ensino fundamental, médio e universidades. Preocupado não apenas com as questões salariais, o objetivo do programa é valorizar o educador, fazer com que se reconheça a importância da profissão para sociedade.

Burnout é uma palavra de origem inglesa que significa “combustão completa”. É um termo psicológico que descreve o estado de exaustão prolongada, um elevado nível de estresse causado pelo esgotamento físico e emocional decorrente das condições de trabalho. Essa síndrome se refere a um tipo de estresse ocupacional e institucional que atinge principalmente os profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas.

A síndrome surgiu em meados da década de 70, nos Estados Unidos. Os sintomas podem variar de acordo com as características individuais, mas os mais comuns são a falta de motivação, pouco entusiasmo e interesse, exaustão emocional, baixa autoestima, depressão e insensibilidade. Em casos mais graves, a pessoa pode apresentar um comportamento irritadiço e agressivo.

Com a proposta de divulgar o tema e fazer com que ele seja debatido com mais frequência, encontros entre os funcionários serão feitos em cada departamento da PUC. No de Comunicação Social, esse acompanhamento será orientado pela coordenadora da Graduação, Sandra Korman.

- Existe o desejo do professor em poder trocar experiências. Eu acredito que podemos conduzir os encontros pela necessidade dos funcionários. A partir dessa troca, eles vão ter noção de que é possível se reunir, que é possível estar com pares falando sobre coisas que vivem no dia-a-dia, só de que maneira privatizada, achando que aquela impaciência é só dele, quando na realidade não é.

Mas nem sempre é fácil ter acesso ao que os professores sentem. Segundo o chefe do Serviço de Medicina Ocupacional, Dr. Álvaro Rodrigues, é importante que os funcionários façam regularmente o exame médico requerido pela Universidade.

- Muitos professores não nos procuram. Assim fica difícil saber o que eles realmente pensam e estão sentindo. Aqui na PUC somente dois nos procuraram com sintomas que aparentam ser da síndrome de Burnout. Certamente existem outros casos na Universidade, mas só vamos detectá-los depois que fizerem os exames.

Apesar de ainda em início de Campanha, a PUC já oferece atendimento aos funcionários no Serviço de Psicologia Aplicada (SPA). A Superintendência de Recursos Humanos, coordenada por Marisa Espínola, também garante atendimento através de grupos de apoio.

- Estamos à frente do Programa de Desenvolvimento Humano para Funcionários da PUC-Rio e dos grupos de autodesenvolvimento e autoconhecimento. Em maio vamos iniciar o grupo Travessia, que pretende o desenvolvimento de um novo projeto de vida, que eu acho adequado para a o tema que estamos abordando - disse a Coordenadora de Desenvolvimento Humano, Tereza Milagres.

A Superintendência e o Serviço de Medicina Ocupacional fazem o acompanhamento de funcionários em relação a questões emocionais e de adaptação. O sindicato vai dar continuidade à campanha fazendo a divulgação do projeto em outdoors e filmes publicitários. Quem quiser saber mais sobre a síndrome e outros assuntos, como casos de agressão física e moral, deve acessar o site da campanha. Caso queira assistir a íntegra do evento clique aqui.