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Rio de Janeiro, 3 de maio de 2024


Esporte

Vencedora do PUC Surf entrou para o esporte por acaso

Elisa Quadrio - Do Portal

16/12/2009

 Arquivo pessoal

“Rema para o fundo! Rema para o fundo! Larga a prancha!”. Estas foram as palavras usadas pelo primeiro instrutor de Vicky Borges, vencedora do PUC Surf 2009, em sua primeira experiência no surf. A estudante do oitavo período de Design da PUC-Rio começou a praticar o esporte há quatro anos quando seu irmão foi fazer aulas e não gostou. Para ela, a experiência traumatizante foi também apaixonante.

 

Com o espírito de experimentar o esporte, Vicky fez a primeira aula no lugar do irmão, na escolinha de Dadá Figueiredo, na Barra da Tijuca. Mas não foi um mar de rosas. Para ela, a onda que pegou representou uma verdadeira tsunami.

 

– Minha primeira aula foi assustadora. O professor falou para eu não largar a prancha nunca e deu as instruções. Até então tudo bem, mas veio uma "tsunami" lá do fundo. E ele só falava: “rema para o fundo! Rema para o fundo!”. Comecei a remar desesperadamente. Então, ele começou a gritar "larga a prancha”. E eu pensei que iria morrer. 

 

Depois de sobreviver à experiência traumatizante, veio a paixão pelo surf e Vicky Borges fez aulas durante seis meses, tentando conciliar, da melhor forma possível, faculdade, trabalho e surf.

 

 – Sempre que eu tenho tempo, surfo. Mas faculdade e trabalho consomem muito. Estudo pela manhã e à tarde trabalho. Então, só me restam os finais de semana.

 

No entanto, mesmo apaixonada pelo esporte, a estudante não pensa em se profissionalizar.

 

– É complicado. Surfar para mim é hobby, estilo de vida. Não tem como levar a sério. Quem se profissionaliza tem que dedicar 100% do seu tempo. Não dá para estudar. E não acho que valha a pena. Pelo menos para mim. Pretendo conciliar a carreira de design com o esporte.

 

 Quando pensa em praias diferentes para surfar, Vicky sonha com um lugar: Indonésia. Sim, Indonésia. Diferente de muitos, ela não deseja ir ao Havaí. Já sonhou em surfar por lá, mas percebeu que não é muito "a sua praia".

 

– Antigamente, meu sonho era surfar no Havaí. Contudo, pelo que tenho conversado com os meus amigos, acho que as ondas da Indonésia são mais para mim. São mais tranqüilas. Acho que Indonésia é uma onda para se brincar mais, pegar uma base.

 

Porém, a viagem ainda é apenas um sonho. Antes, pretende desbravar outros mares e melhorar seu surf em praias conhecidas como a da Barra da Tijuca, Prainha, Macumba e Ubatuba. 

 

Quanto ao apoio dos pais, a universitária conta que a mãe sempre foi contra. Já o pai, que surfava como hobby, sempre apoiou. Ela brinca e diz que ele é o verdadeiro Homer Simpson do surf.

 

– Meu pai é o Homer surfando. Quando ele foi surfar comigo em Ubatuba, virei praticamente mãe dele, falando para não atravessar a arrebentação, tomar cuidado. Ele é muito ruim – brinca.

 

No ranking dos melhores surfistas, segundo Vicky, está a havaiana Bethany Hamilton.

 

– Nossa, ela para mim é um exemplo de superação, garra. Além disso, consegue surfar muito bem com um braço só. É muito surf no pé - resume.