Kaká garantiu, numa cobrança de pênalti aos 45 minutos do segundo tempo, a vitória do Brasil sobre o Egito (4 a 3). A estreia do time de Dunga na Copa das Confederações foi recebida entre a decepção e a indiferença. Concentrados em frente aos monitores que transmitiam a partida no campus, alunos esperavam mais da seleção. Outros comparavam a defesa brasileira à do Flamengo, goleado pelo Coritiba neste domingo (5 a 0).

– Apesar da vitória, o resultado foi ruim, pela forma com que o Brasil ganhou: sofrida - avaliou o estudante de Engenharia Bruno Azevedo.

O Brasil largou na frente, gol Kaká, aos 5 minutos do primeiro tempo. O Egito empatou logo depois, aos 7. Luiz Fabiano, de cabeça, recolocou o Brasil em vantagem, aos 11 minutos. Aos 37, Juan, também de cabeça fez 3 a 1. No segundo tempo, o Egito empatou.  Marcou dois gols em um minuto. O desempate aos veio aos 45 do segundo tempo, com Kaká, em cobrança de pênalti: 4 a 3.

Grande parte dos estudantes considerou o resultado decepcionate. Alaina Santos, do 6º período de Comunicação Social, observou a diferença entre o nível das duas seleções:

– Brasil e Egito é que nem Flamengo e Olaria. Um time grande contra um pequeno. O Brasil tinha a obrigação de ganhar.

A colega Érica Tizo, também do 6º período de Comunicação Social, discorda. Ela acredita que a equipe do Egito não é tão ruim quanto pensam:

– Eles são bicampeões da África (Copa Africana de Nações) e estão superando as expectativas. Correram bem. Já o Brasil não chutou, não finalizou muito.

Enquanto assistiam à estreia do Brasil na Copa das Confederações, os estudantes repercutiam a sexta rodada do Campeonato Brasileiro, em especial a goleada sofrida pelo Flamengo. O flamenguista Pablo Carrilho brincava com os colegas:

– Depois do jogo de ontem (domingo), meu esporte é o basquete – dizia ele, referindo-se ao êxito do time rubro-negro de basquete sobre o Brasília, na terceira partida da final do campeonato brasileiro. O Flamengo está a uma vitória do título.

Apesar das críticas e do predominante discurso de decepção, alguns torcedores evocaram o espírito de torcedor. A atendente da Casa da Empada Suelen Marques admite que é fanática pela seleção, "aconteça o que acontecer".

A um ano da Copa, o jogo também foi um aperitivo da mobilização gerada pelo time brasileiro. 

– Se nesta partida todo mundo já está assistindo, está cheio assim, imagine no ano que vem. A faculdade vai parar – prevê Érica.