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Rio de Janeiro, 27 de abril de 2024


Esporte

Tricampeonato deixa pilotis vestidos de vermelho e preto

Bruna Santamarina - Do Portal

04/05/2009

Luigi Ferrarese

Os pilotis da PUC-Rio amanheceram rubro-negro. Torcedores do Flamengo comemoravam o quinto tricampeonato carioca - conquistado domingo passado, nos pênaltis, sobre o Botafogo - e a hegemonia do futebol carioca (31 títulos contra 30 do Fluminense). A euforia era acompanhada, no entanto, de prognósticos cautelosos em relação para o Campeonato Brasileiro. O time comandado por Cuca precisa de reforços e aperfeiçoamentos para disputar o título nacional, reconhecem os flamengusitas.

– O Flamengo tem uma grande deficiência no ataque. O Adriano pode ajudar, mas, sozinho, ele não resolve nada. É preciso mais organização da diretoria do clube – observa Vinícius Valente, estudante do 7º período de Jornalismo.

Aluno do 5º período de Direito, Daniel Sion completa que a equipe precisa de, pelo menos, mais dois armadores. Para ter sucesso no Brasileiro, o estudante acrescenta outra condição, alheia ao time:

– Precisamos vencer os árbitros, que tendem a favorecer os clubes paulistas.

Breno Prado, também do 5º período de Direito, um confesso fanático rubro negro – vai a todos jogos, ficou mais de uma hora na fila para assistir a seu time na final – está otimista quanto ao desempenho na disputa nacional. Acredita que a equipe consiga disputar as primeiras colocações se repetir o rendimento dos jogos decisivos no Carioca: 

– Na final, o time conseguiu dois gols em duas finalizações. A equipe, no entanto, recuou e se acomodou. Deixou o Botafogo empatar. No fim, deu tudo certo.

Flamengo e Botafogo decidiram o título estadual em igualdade de condições. Nenhum havia obtido vantagem, pois o primeiro jogo da final terminara empatado: 2 a 2, mesmo placar da finalíssima. Mesmo desfalcado dos principais jogadores (Maicosuel e Reinaldo, machucados), o Botafogo teve forças para reagir depois de sofrer dois gols. Nos pênaltis, o goleiro Bruno defendeu duas cobranças e assegurou o quinto tricampeonato carioca da história do Flamengo.

– No primeiro jogo, o Botafogo esteve muito melhor. No segundo, eu estava muito confiante. Mas a equipe sentiu falta de seus melhores jogadores. – avaliou a botafoguense Ana Cecília Lima, do 5º período de Direito, enquanto aguentava as piadas dos amigos rubro-negros.

Já o flamenguista Rafael dos Santos, calouro de Desenho Industrial, não estava tão confiante quanto Ana Cecília. Nem foi ao Maracanã. Ficou com medo de os desfalques do adversário e o consequente favoritismo rubro-negro levasse seu time à acomodação:

– Parecia que alguma coisa ruim iria acontecer. Por causa dos desfalques do Botafogo, todos estavam com o sentimento de “já ganhou”. Mas isso não poderia dominar os jogadores. O final foi emocionante. Confiei no Bruno mais do que em qualquer um.

Bruno foi herói da decisão. Defendeu os pênaltis cobrados por Juninho e Leandro Guerreiro, que além daquele cobrado por Victor Simões no início do segundo tempo, quando o Flamengo ainda ganhava por 2 a 0.

A história se repete

Em 2007, o Flamengo também ganhou o Campeonato Carioca nos pênaltis por 4 a 2 contra o Botafogo, após dois empates em 2 a 2. Naquele ano, Bruno defendeu os pênaltis do zagueiro Juninho e Lúcio Flávio. As três últimas vitórias do time da Gávea em finais do Carioca foram contra o Botafogo. Agora, o alvinegro carrega a mesma sina de tri-vice do Vasco, que perdeu para o Flamengo os títulos de 1999, 2000 e 2001.