Projeto Comunicar
PUC-Rio

  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram

Rio de Janeiro, 19 de abril de 2024


Esporte

Aluna da PUC foi selecionada para cobrir os Jogos de Londres

Isabela Castro - Do Portal

06/08/2012

 Arte: Ligia Lopes

Taíse Moreira, aluna de Jornalismo, e Arthur Orlando Filho, ex-aluno de Relações Internacionais, foram selecionados pelo Centro de Formação e Aperfeiçoamentos de Jornalistas de Paris (CFPJ) para cobrir os Jogos Olímpicos de Londres, que começaram na última sexta-feira. Ao todo, o programa reuniu cinco alunos da Rússia e cinco do Brasil, países que sediarão as Olimpíadas de Inverno de 2014 e as Olimpíadas de 2016, respectivamente.

O diálogo entre o CFPJ e universidades fluminenses foi mediado pelo Consulado Geral da França no Rio de Janeiro. Brigitte Veyne, responsável pelo setor audiovisual do Consulado, afirma que o perfil de aluno procurado é "bastante específico":

– Entramos em contato com a PUC-Rio, a UFRJ e a UFF em busca de jovens com domínio de ferramentas multimídias, fluentes em inglês e francês e com bagagem jornalística – esclarece Veyne – Não é necessário ter conhecimento na área esportiva, pois o objetivo não é cobrir diretamente os Jogos Olímpicos. A proposta é produzir conteúdo sobre como as Olimpíadas modificarão Londres nos aspectos sociais, urbanísticos e econômicos (confira reportagens produzidas para o programa, por Taíse Moreira e Arthur Orlando).

Para saber o que levou à escolha de Taíse e Arthur, o Portal traçou um perfil de cada um deles.

Taíse, a jornalista camaleônica

Ansiosa por "desbravar o mundo", a estudante Taíse Moreira, de 22 anos, sonha em ser correspondente internacional. Após já ter morado em Paris, Miami e Vancouver, a carioca se define como uma pessoa pronta para encarar desafios e se adequar a uma nova cultura.

 Arquivo pessoal – Eu me adaptei muito bem todas as vezes em que morei fora.  Não tenho medo de ir ao encontro do novo. Minha família sabe que em algum momento vou morar fora do país. Tem que ser um pouco camaleão, e eu tenho esse perfil.

Cursando o sétimo período de Jornalismo na PUC-Rio e estagiando na GloboNews, Taíse ainda encontra tempo para fazer aulas de dança, ir ao cinema e acompanhar o futebol. “Sou fanática por esportes. Estou com saudades de ir ao Maracanã torcer pelo Fluminense”, revela.

Sobre a oportunidade de cobrir os Jogos Olímpicos, a estudante confessa ainda não acreditar que foi selecionada:

– Na mesma semana em que fiz a última entrevista, eu recebi um email dizendo que tinha sido aceita. Fiquei em êxtase e comecei a pular. A ficha ainda não caiu totalmente.

A mãe de Taíse, Acássia Mônica Moreira, orgulha-se da determinação da filha:

– Quando a Taíse quer algo, ela se dedica bastante e, na maioria das vezes, consegue. Foi assim na seleção para o intercâmbio em Miami, para o estágio na GloboNews e agora para cobrir os Jogos Olímpicos.

Mônica diz “ter se acostumado” aos longos períodos em que passa distante da filha:

– O pai de Taíse viajava muito quando ela era pequena, acabei me acostumando com a distância. E sei que morar fora amplia muito a bagagem de conhecimento e cria o diferencial dela – acrescenta – Além disso, as tecnologias atuais permitem que nos comuniquemos quase todo dia. 

A primeira pessoa para quem contou a novidade foi o seu namorado, Juan Trastámara. Taíse conheceu o espanhol durante o ano que morou em Miami e, desde que voltou para o Brasil, em julho de 2011, o relacionamento se mantém à distância:

– Atualmente, ele mora em Paris e conversamos pelo computador todo dia. Ele me visitou no fim do ano passado e eu ia encontrá-lo na Europa no carnaval, mas não pude ir por causa do estágio. Lidar com a distância e a saudade é muito difícil. É preciso ter muita confiança.

A jovem, que estagiou por um ano e dois meses na rádio do Portal PUC-Rio, vê na cobertura dos Jogos Olímpicos uma oportunidade de enriquecer ainda mais seu currículo.

– Somente cinco brasileiros foram selecionados e eu estou entre eles. É uma chance singular – completa – Como tenho vontade de fazer pós-graduação na França, ter sido selecionada pelo CFPJ vai ser um diferencial incrível.

Arthur, o jornalista com um pé no mundo.

Aos 25 anos, Arthur Orlando já contabiliza duas faculdades no currículo. Formado em Relações Internacionais pela PUC-Rio em 2009, o carioca da Zona Norte está na reta final de sua graduação em Jornalismo pela UFRJ. Ele avalia que a graduação na PUC lhe acrescentou mais do que conhecimentos acadêmicos:

 Arquivo pessoal – Fazer RI na PUC me deu muitos contatos, inclusive de professores estrangeiros. Hoje tenho amigos em diversos países, como França, Inglaterra e até Cabo Verde. Além disso, enquanto estava na PUC pude fazer um intercâmbio de três meses para Grenoble, na França. Essa experiência foi fundamental para aperfeiçoar meu francês.

Os estágios no Centro de Informações das Nações Unidas (UNIC Rio) e no Consulado Francês também contribuíram para o perfil cosmopolita de Arthur. Mas ele admite: “Tenho um pouco de dificuldade de me adaptar a uma realidade diferente em um primeiro momento. Ter ido à Europa duas vezes me ajudou a superar isso”.

Neto de italianos, gosta de ir à cozinha preparar um bom macarrão e faz cara feia se o assunto for a comida londrina. Quando perguntado sobre sua maior qualidade, não hesita: “adoro conhecer pessoas, descobrir histórias interessantes”.

Sua irmã, Priscila, admira a “seriedade e o respeito de Arthur na vida profissional”. Ela revela ainda que a relação dos dois é de cumplicidade e respeito:

– Arthur me liga sempre para saber como estou e faz questão de me buscar no curso que faço à noite. Saímos bastante juntos, principalmente para fazer exercício na orla. Temos personalidades diferentes mais nos respeitamos – Ele é mais extrovertido, faz amigos com facilidade e tem opinião formada sobre tudo.

Bem vestido, Arthur preocupa-se em ser um "profissional completo", com conhecimento nas áreas humanas e exatas.  Sobre o futuro, esboça alguns planos:

– Quando voltar de Londres, quero sair da casa dos meus pais e fazer pós-graduação com um foco em mercado e administração. Se surgir a oportunidade de morar fora, vou adorar. Estou solteiro, nada me prende aqui.