Lais Botelho - Do Portal
10/03/2010A ansiedade é uma das principais vilãs do combate ao câncer de mama, cujos novos casos no Brasil já ultrapassam 49.000 só nos três primeiros meses do ano. Segundo a psicóloga Gláucia Porto, voluntária da Santa Casa, o "estado de espírito" debilitado prejudica o sistema imunológico e aumenta a propensão ao câncer. Em palestra, ontem, na PUC-Rio, Gláucia apontou a importância da "humanização da doença" para o tratamento.
Segundo a psicóloga, grande parte das pacientes chega à Santa Casa "nervosa e apreensiva", o que dificulta o tratamento. Para a especialista, o nervosismo é causado, principalmente, pelo medo do desconhecido e da "intervenção na imagem corporal e na sexualidade".
- Uma pessoa de bem consigo mesma tem menores chances de ter seu sistema imunológico debilitado. Isso permite que as células cancerígenas não ganhem espaço para se alastrar - justifica.
Embora esteja mais associada ao sexo feminino, a doença também afeta os homens - mas em menor escala: de 90 pacientes, apenas um é homem. Neste ano, o câncer de mama já atingiu 49.240 de brasileiros, contabiliza o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Para potencializar o tratamento, Gláucia defende o acompanhamento psicológico. Ela acredita que assim os pacientes "possam relaxar" e até superar preconceitos:
- As mulheres podem se sentir mais seguras e ganhar força para encarar essa etapa em suas vidas. Além disso, a esperança da cura se torna mais viva.
Fatores de influência para o câncer de mama
Aumentam o risco:
- Reposição hormonal
- Obesidade
- Idade do primeiro parto após os 30 anos
- Uso de anticoncepcional oral (pílula)
Diminuem o risco
- Amamentar
- Prática Regular de exercícios físicos
- Ingerir diariamente menos de um copo de vinho ou uma garrafa de cerveja
Departamento de Química da PUC-Rio oferece esperança ao tratamento de câncer
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