Juliana Oliveto - Do Portal
23/02/2010A rede inglesa BBC divulgou hoje em seu website um estudo feito para ajudar no combate à dengue. A pesquisa – publicada online na página do Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS) – sugere uma alteração genética no Aedes aegypt, mosquito transmissor da dengue e da malária, como forma de diminuir a proliferação da doença.
Como a transmissão da dengue é feita através da picada da fêmea contaminada do mosquito, os pesquisadores estão produzindo machos geneticamente modificados, capazes de gerar alterações na próxima geração de fêmeas.
Os espécimes afetados passam a ter um gene que limita o crescimento de suas asas. Desta forma, o mosquito não tem como voar e, assim, não pode contaminar as pessoas. Os cientistas acreditam que este é um método seguro e uma alternativa aos inseticidas agressivos, além de poder impedir a proliferação de outras doenças causadas por mosquitos, como a própria malária.
Segundo os pesquisadores, o estudo é um avanço importante que pode ajudar a reduzir significativamente a mortalidade por esse tipo de doença, especialmente nas áreas tropicais, como o Brasil. Os pesquisadores também acreditam que os espécimes modificados levariam de seis a nove meses para substituir a população de mosquitos existentes.
O artigo Female-specific flightless phenotype for mosquito control pode ser encontrado na íntegra, em inglês, no acervo online do PNAS.
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