Artur Romeu - Do Portal
08/09/2008Afinada nos discursos, a preservação da natureza ainda está distante da prática. Como mostra, por exemplo, o descuido com embalagens de supermercados e com a reciclagem de lixo. A proteção ambiental começa em pequenos gestos, "num consumo mais consciente", alertaram os especialistas na XIV Semana do Meio Ambiente da PUC-Rio, no primeiro semestre deste ano.
Para André Lacombe, professor do departamento de Administração, “a gestão de resíduos e o consumo sustentável não estão ainda intenalizados pelos brasileiro”. Ele aposta no crescimento das discussões ambientais para consolidar uma cultura de preservação, que se reflita no consumo:
- A preocupação com o meio ambiente está crescendo. Vejo nas salas de aula que os alunos comentam cada vez mais sobre o assunto.
Segundo a psicóloga Solange Jobim, o consumismo é um dos principais responsáveis pelo desequilíbrio ambiental. "O papel do consumidor-cidadão é se preocupar se o produto é biodegradável ou reciclável. Isso é entender o papel dele dentro da sociedade", ressaltou.
O lixo também foi objeto de discussão. Os palestrantes salientaram a importância de reciclá-lo. Presidente da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA), Axel Grael ressalvou que os aterros sanitários, embora úteis, precisam ser "ambientalmente controlados":
- O licenciamento para a construção do aterro sanitário de Paciência, no Rio, só foi expedido depois de cinco anos de muito debate.
A coleta seletiva de lixo e opção por materiais recicláveis ajuda a diminuir a quantidade de lixo produzido e o impacto ecológico que provocam nas áreas onde são despejados.
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