Artur Romeu - Do Portal
22/08/2008Entre as centenas de visitantes que circulavam pela Mostra PUC, um ex-aluno enquadrava as memórias do campus com a lente empreendedora que o acompanha no ofício de secretário-executivo das telecomunicações da Organização dos Estados Americanos (OEA). Ao olhar saudoso de quem mora em Washington e vem ao Rio de passagem, Clovis Baptista contrapôs uma visão de um futuro proveitoso entre a universidade e o mundo corporativo.
– A OEA aplaude a Mostra PUC. É uma ótima oportunidade de os estudantes entrarem em contato com as empresas. Nós damos grande importância a essas iniciativas. Na Citel (Comissão Interamericana de Telecomunicações), temos um programa que busca jovens empreendedores, recém-formados em engenharia, para capacitá-los a criar suas próprias empresas – observou Baptista, que se graduou pela PUC-Rio em 1972.
Depois que se formou em Engenharia de Telecomunicações, percorreu um longo caminho até chegar à OEA. Passou por Furnas, Embratel, Ministério das Comunicações, Anatel. Em 2000, foi convidado para assumir o cargo de secretário-executivo da Citel. Mais recentemente, passou a responder peka coordenação do departamento de tecnologia e inovação.
– Eu sou um engenheiro técnico, mas como trabalho numa instituição política tenho obrigações mais administrativas – esclareceu.
Composta por 34 países das Américas, a OEA tem como missão promover o diálogo político, a cooperação técnica e os acordos multilaterais, explicou Baptista. No setor de telecomunicações, os principais objetivos são o desenvolvimento de novas tecnologias e políticas de regulamentação do sistema e a capacitação de novos técnicos.
O executivo traçou um panorama animador para o Brasil. Seguno ele, o país "cresceu extraordinariamente no setor e se tornou um dos mais desenvolvidos na área.
– A TV digital é um sucesso. O Brasil tem 140 milhões de linhas de celulares. A privatização das telecomunicações impulsionou o setor. Nosso país é um dos grandes – avaliou Baptista.
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