Arbel Griner, Flávia Lima, Fred D’Amato e Leo Caputti - Da sala de aula
Escrever um editorial a seis mãos pode não ser muito prazeroso. Cada um tem uma opinião, acha que uma palavra soa melhor que outra. A terceira cabeça, que deveria funcionar como voto de Minerva e decidir a situação, sempre traz uma nova idéia. Mesmo assim, em uma tarde de muita chuva e muito trabalho, conseguimos construir algumas imagens conjuntas de prazer.
Chegamos à conclusão, por exemplo, que todos nós optamos por ser editores desta revista pelo prazer de aprender. De experimentar algo novo, de saber como funciona a produção de uma revista, desde a primeira reunião de pauta até o produto final. Após longas semanas de correção individual, espremidas entre nosso intenso horário de estudantes e estagiários, finalmente nos reunimos para a finalização. Foi num sábado que nos acordou com um sol nada convidativo para um dia de trabalho. Muito trabalho. Depois de cinco horas de edição e correção de textos, sentimos um prazer quase indescritível em parar para almoçar. Poucas vezes a combinação clássica de arroz, feijão e frango foi tão saborosa. Na mesma hora,
uma tempestade caiu dos céus, nos deixando um pouco mais conformados por não termos perdido um dia inteiro de praia.
A leitura de artigos bem feitos, bem elaborados para a revista, foi outro prazer. Comentar tais textos e chegar à conclusão de que gostamos dos mesmos trabalhos parecia quase um alívio de, enfim, perceber que a missão estava caminhando, passo a passo, para uma conclusão. Desde o início, um ponto era unânime: o prazer é essencial ao ser humano. Até aí, tudo bem. Restava agora arregaçar as mangas a sair em busca das diversas formas de prazer que as pessoas procuram.
A tarefa era difícil, principalmente por sabermos que existem inúmeras maneiras de obter, desejar, praticar e até mesmo criar prazeres. De repente, nos deparamos com ele e, muitas vezes, com a ausência dele, o prazer, no processo de edição. Alguns textos, que sugeriam
temas de prazeres tanto quanto duvidosos, até nos surpreenderam.
Aprendemos que existe prazer no ato de matar, na dor, nas pequenas e indispensáveis manias de cada um... Vale a pena se deixar levar pelas experiências que você está prestes a conhecer.
Quem sabe você não se reconhece no prazer alheio?
- Da sala de aula
1 - muito além do prazer.pdf- Da sala de aula
2 - pequenos prazeres ou grandes loucuras.pdf- Da sala de aula
3 - o prazer da boa mesa.pdf- Da sala de aula
4 - prazer, meu nome é morte.pdf- Da sala de aula
5 - domingo, eu vou ao maracanã.pdf- Da sala de aula
6 - experimentando o mundo dos outros.pdf- Da sala de aula
7 - máscaras que revelam ou ocultam.pdf- Da sala de aula
8 - reféns do consumo.pdf- Da sala de aula
9 - bem mais do que 15 minutos.pdf- Da sala de aula
10 - quando o lixo vira luxo.pdf- Da sala de aula
11 - espelho espelho meu.pdf- Da sala de aula
12 - vai um prazer ai.pdf- Da sala de aula
13 - quando o prazer aprisiona.pdf- Da sala de aula
14 - aparentemente opostos.pdf- Da sala de aula
15 - trabalho e lazer uma união criativa.pdf- Da sala de aula
16 - uma dose generosa de prazer.pdf- Da sala de aula
17 - sem dedos para contar.pdf- Da sala de aula
18 - tem tempo.pdf- Da sala de aula
19 - tenho prazer sim.pdf