Bruno Alfano e Evandro Lima Rodrigues - Do Portal
10/09/2010A um mês de completar seu 70º aniversário, a PUC-Rio recebeu um presente antecipado. Na avaliação do Guia do Estudante 2010, da Editora Abril, a maior parte dos cursos da universidade obtiveram quatro ou cinco estrelas, as duas maiores notas. Dos 29 avaliados, 16 receberam grau máximo. Os cursos de Matemática e de Engenharia de Produção, por exemplo, mantêm este conceito, respectivamente, desde 2005, quando o guia foi criado, e 2006. Outros, como o de Jornalismo e o de Design, repetem o conceito máximo pelo segundo ano consecutivo.
Os 26 cursos contemplados com quatro ou cinco estrelas reforçam a diversidade na excelência acadêmica tradicional da universidade: Publicidade, Direito, Engenharia da Computação, História, Sistema de Informações, Letras, Pedagogia e Psicologia, por exemplo, atingiram notas máximas. O feito, afirma o coordenador Central de Graduação, professor Alfredo Jefferson de Oliveira, ganha notoriedade pelo fato de todos os cursos receberem, pelo menos, três estrelas.
– A grande vitória foram todos os cursos serem ‘estrelados’ – disse Oliveira.
O professor ainda ressalvou que dois dos cursos com apenas três estrelas, Cinema e Arquitetura, foram avaliados pela primeira vez e isso influencia na nota:
– O critério de avaliação do Guia do Estudante é subjetivo. Então, a conquista dos conceitos é progressiva. O Enade tem um critério objetivo e esses cursos já têm a nota máxima nessa avaliação. No guia da Abril, eles, com certeza, atingirão o mesmo patamar em pouco tempo – lembrou.
Os conceitos do Guia do Estudante são atribuídos com base em formulários respondidos por diretores de cada curso, consultores da publicação, representantes do MEC, professores e especialistas. A pesquisa conta também com a consultoria do Ibope e integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), do Ministério da Educação. Ao final do processo, 12 dos cursos da PUC-Rio melhoraram seu rendimento e elevaram a média da universidade para 4,45 estrelas. Dos que já tinham nota máxima, o curso de Matemática chama a atenção pela regularidade: é a sexta vez que o departamento realiza tal façanha. Segundo o coordenador de Graduação do curso, Nicolau Saldanha, o Departamento tem poucos, mas bons alunos.
– Ter poucos alunos é bom porque o professor dá uma atenção mais especial para cada um – contou.
Entretanto, segundo coordenador, isso não facilita o curso:
– A gente faz um curso exigente. Essa atenção especial não significa que pegamos um aluno fraquinho e salvamos ele. A gente pega o aluno bom e o deixa melhor ainda – afirmou.
Para Nicolau Saldanha, a qualidade dos alunos que entram também faz a diferença. Ele afirmou que a maioria espera seguir a carreira acadêmica fazendo mestrado e doutorado, mas alguns vão trabalhar em grandes empresas:
– No ano passado tivemos um aluno que se formou e está no Google. Muitos outros já trabalham no mercado financeiro – lembrou Saldanha.
Enquanto Nicolau Saldanha dá os créditos à relação entre o professor e o aluno, o coordenador para Assuntos de Bacharelado do Departamento de Matemática, Flávio Abdenur, comemorou a façanha e lembrou da grade curricular como outro fator responsável pelo sucesso.
– A gente fica muito satisfeito. O nosso é um currículo curto, enxuto e eficiente, por isso conseguimos uma boa reputação – concluiu.
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