Professor da Escola Médica de Pós-Graduação da PUC-Rio, Marcelo Lemgruber criticou, em palestra na universidade, as campanhas sobre o uso da camisinha.
– Esses programas são pobres. Se podem investir em boas propagandas para conscientizar sobre o poder do voto, por que não podem fazer o mesmo para camisinha? – questionou.
A afirmação foi feita durante o seminário sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) realizado no último 19 de agosto, como parte da XIV Mostra PUC. O professor Lemgruber aproveitou a ocasião para criticar também a falta de campanhas no Brasil sobre planejamento familiar e prevenção das DSTs.
Outro assunto comentado foi o vírus do papiloma humano (HPV), que pode se instalar nas genitálias e se transformar até mesmo em um câncer. Segundo Lemgruber, a infecção em si pelo vírus HPV não causa grandes problemas para a saúde humana se tratada nos primeiros sinais – verrugas, na maioria dos casos. No entanto, para as mulheres, há o risco da doença venérea se desenvolver como câncer de colo do útero, a maior preocupação dos especialistas.
De acordo com o professor, são mais de 20 mil casos ao ano desse câncer e, para combater esse alto número, já existe uma vacina para o tipo mais perigoso de HPV. Mesmo assim, essa vacina não tem gratuidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e seu custo é elevado: são três doses que, somadas, alcançam a casa dos mil reais.
Apesar de tramitar na justiça desde 2007, o projeto de lei PL 164/07 ainda está na Câmara dos Deputados aguardando deliberação de recursos. Se aprovada, a lei conferirá ao SUS a responsabilidade de regulamentar e administrar a vacina em mulheres entre 9 e 26 anos.
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