O publicitário José Guilherme Vereza recebeu vários prêmios no Brasil e no exterior, como o Leão de Prata em Publicidade no Festival Internacional de Cannes, em 2009, de Redator do Ano, em 1992, de Diretor de Criação do Ano, em 1996, ambos pela Associação Brasileira de Propaganda, e o XIV Prêmio Central de Outdoor em 2005. Autor do livro 30 segundos, com 50 histórias ficcionais com a rapidez dos comerciais, o publicitário é atualmente diretor de execução da agência de publicidade 11/21 Comunicação e já atuou como diretor de criação
– Agradeço aos pilotis por terem enchido minha mochila de informações e reflexões sobre vida e trabalho, que até hoje me são muito úteis, eternamente úteis. Vivíamos os anos da ditatura. Tudo era muito binário. Os estudantes de jornalismo viam os publicitários como fascistas. Os estudantes de publicidade viam os jornalistas como a esquerda. Viver tudo isso me abriu a cabeça – explicou o publicitário.
José Guilherme Vereza ressaltou que as vitórias conquistadas são consequência de um trabalho feito com seriedade, consciência e principalmente sem medo de arriscar e perder o emprego. O publicitário destacou que as premiações vieram "naturalmente, sem enfartes, cigarros ou tiques nervosos". Vereza se considera "de bem com a vida" e relaciona essa realização à família, aos filhos e amigos. Segundo o publicitário, o trabalho nunca foi encarado como meio de se afirmar como pessoa, render prêmios ou massagens no ego.
– O prêmio profissional que mais me engrandece é dormir todas as noites sabendo que estou ativo nessa profissão extremamente competitiva por mais de 30 anos, seja como redator, diretor de criação, executivo de agência e professor – complementou Vereza, na foto ao lado com a atual professora do Departamento de Comunicação Claudia Chaves, na festa de formatura de ambos.
Na época da faculdade, Vereza cursou disciplinas com as quais mais se identificava. Para ele, as matérias abstratas, despidas de qualquer objetivo prático, como filosofia, epistemologia e sociologia, foram muito importantes para sua vida e profissão.
O publicitário também ressaltou a importância dos professores da universidade. Citou, como exemplo, o professor Nuno Veloso, que o marcou pela visão de mundo global, provocação à abstração e disciplina. Para Vereza, o fato do aluno não poder se atrasar nem um minuto para a aula era uma atitude marcante de respeito às instituições.
– Acredito ferrenhamente que não há criatividade produtiva sem disciplina e respeito ao outro – avaliou.
O publicitário decidiu seguir a profissão antes do vestibular, devido a aversão à matemática, à física e às ciências exatas. No ofício, segundo ele, encontrou um “jeito de dar vazão à criatividade”.
– Meu navio foi às costas da língua portuguesa, da literatura, das ciências sociais, da filosofia, enfim, do pensamento abstrato. E dentro desse universo subjetivo encontrei a publicidade, atividade que reúne essas disciplinas fundamentais. Quando entrei na faculdade não tinha a menor dúvida do que fazer na vida – destacou.
Para Vereza, os amigos são a melhor recordação da época de universitário. Segundo o publicitário, não há dia em que não se lembre com carinho de todos e dos momentos em que viveram juntos, mesmo sem contato direto com boa parte deles atualmente.
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