O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) divulgou, ontem (2/02), um estudo prévio que apontou uma pequena queda na carga tributária de 2009 em relação à de 2008 – de 35,16% para 35,02%. Com a redução praticamente inexpressiva, a carga tributária brasileira continua semelhante a de países como Inglaterra (37,4%) e Suíça (35,7%). Entretanto, sem os serviços públicos de qualidade que estas nações oferecem. De fato, no Brasil, a qualidade dos serviços públicos está bem aquém do esperado para um país que utiliza tal política de arrecadação.
"O que deixa o Brasil com a carga tributária alta e serviços de má qualidade é que, enquanto a carga tributária aumentou, não houve elevação semelhante nos investimentos ou nos gastos sociais", analisa o coordenador de graduação do Departamento de Ciências Sociais e Política da PUC-Rio, Ricardo Ismael.
Segundo Ismael, apesar da alta carga tributária, o Brasil investe pouco. Uma grande parte do montante arrecadado pelos impostos é gasto com o pagamento de juros da dívida interna e custos da máquina pública e salários. Para o cientista político, o Brasil deveria investir mais em educação média e saúde.
“O Brasil deveria investir mais nesses setores, porém sem precisar arrecadar mais e sim diminuir os gastos do governo para redistribuir esse dinheiro”, afirma.
A partir de 1995, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), na nova contabilidade do PIB, a carga tributária cresceu quase dez pontos percentuais, passando de 26% em 1995, para 35% em 2007, seguindo nesse patamar até hoje.
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