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Rio de Janeiro, 4 de novembro de 2024


Mundo

Ex-aluno da PUC-Rio desaparecido no Maláui

Bianca Baptista - Do Portal

30/07/2009

Depois do embarque da namorada de Gabriel Buchmann, desaparecido no Maláui, Cristiana Reis, a família do economista se reuniu, nesta quarta-feira, 29, com representantes do Itamaraty. O órgão se colocou à disposição para ajudar na contratação de mais um helicóptero para as buscas.

Em entrevista por e-mail para o Portal PUC-Rio Digital, Melina Patrício, amiga do economista, disse que, ao chegar ao Maláui, a equipe de resgate canadense elogiou o trabalho feito no pico da montanha e, por isso, acredita na teoria de que Gabriel tenha conseguido chegar ao topo, e, ao descer, se machucou. Porém, ressaltou que as buscas realizadas nos primeiros dias não foram bem sucedidas. O número de pessoas ajudando atualmente, por terra, é de 55.

Parentes e amigos entraram em contato com o Flamengo para que o time entre no Maracanã, domingo, contra o Náutico, com uma faixa “Ajude Gabriel Buchmann”, juntamente com o endereço do blog criado por eles.

No dia 28, data em que Gabriel retornaria ao país, a família e amigos fizeram uma manifestação na Praia de Ipanema, como forma de pedir doações e ajuda às autoridades brasileiras.

O Itamaraty, órgão responsável pela assistência aos brasileiros no exterior, até então só havia disponibilizado um helicóptero para auxiliar 55 homens na busca. Enquanto isso, a família pede ajuda na divulgação do caso e doações para custear os R$50 mil de transporte e alimentação dos voluntários que estão engajados na procura. Também foi disponibilizada uma recompensa de US$7,5 mil (R$ 14 mil) para os maulaianos que encontrarem o economista. As equipes já acharam a mochila de Gabriel, que continha dinheiro, cartão de crédito e passaporte, na Cabana Chisepo, parte da trilha feita por ele, e ainda rastrearam toda a Sapitwa Peak, trecho considerado o mais frio da região, mas sem sucesso. Por isso, os guias seguiram as buscas na base da montanha.

O estudante se preparava para começar um doutorado na Universidade da Califórnia (UCLA) sobre Economia da Pobreza e passou por 60 países da Ásia, Oriente Médio e África objetivando conhecer de perto a vida desses povos. Ele viajava de carona e instalava-se em casas de família e, em troca, colaborava com as despesas. Em e-mail enviado à sua mãe, Maria de Fátima Buchman, publicado no blog criado por ela, Gabriel mencionou ter pago o aluguel mensal de uma família do Congo com apenas US$12, e, com US$40, ter garantido por um ano uma boa escola para um menino.