Apontar a melhor maneira pela qual um indivíduo pode se relacionar com o outro. Com esse objetivo, o candidato ao título de Mestre em Filosofia pela PUC-Rio, Thiago Costa Faria, apresentou sua dissertação na quinta-feira, 23. Com o título É a existência comunicável? Existência e intersubjetividade a partir do pensamento de Soren Kierkegaard, ele embasou sua teoria nos estudos de um dos mais profundos filósofos da história.
Kierkegaard é um pensador dinamarquês do século XIX pouco difundido pelo mundo. Segundo Faria, seus estudos colocam o indivíduo em evidência.
- A verdade, para ele, não podia ser vista como um assunto de mero conhecimento, como algo neutro e impessoal, mas, pelo contrário, como aquilo que diz respeito à existência do homem – explica.
De acordo com Faria, é neste ponto que reside a importância de Kierkegaard para a filosofia. Ao tratar do homem, coloca em jogo conceitos como liberdade, angústia, desespero e existência. Ainda segundo Thiago, todos, em algum grau ou em algum momento da vida, se veem à volta consigo mesmos e com suas escolhas. Como ele afirma, “existir suscita questões”. Para responder a essas perguntas, é preciso tomar conhecimento do seu interior.
- Antes de tentar compreender o mundo, convém que tentemos compreender primeiramente quem somos. Neste momento, devemos lembrar que não estamos sozinhos. A vida precede a coexistência.
Com base nesta convivência inevitável, Faria elaborou sua dissertação.
- Procuro, com meus estudos, indicar um caminho para que um indivíduo possa ir ao encontro do outro e construir, com ele, uma convivência saudável a partir das pistas deixadas por Kierkegaard – conclui.