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Rio de Janeiro, 4 de novembro de 2024


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PUC-Rio recebe psicólogo norte-americano

Paula Araujo - Do Portal

25/06/2009

 Paula Araujo

A prevenção é o único meio de erradicar a violência familiar no mundo. Assim o professor norte-americano Dennis Hunt apresentou a palestra Os desafios da violência: reflexões sobre estratégias de prevenção. O evento aconteceu nesta quarta, 24, na PUC-Rio, e foi organizado pelo Departamento de Serviço Social. O psicólogo tem larga experiência na área e está no Brasil há 4 meses para ministrar o curso Atendimento à criança e ao adolescente vítima de violência doméstica. A encontro fechou sua temporada no país.

Segundo a professora de Pós-Graduação em Serviço Social da PUC-Rio Ilda Lopes, o tema é multidisciplinar:

- Atualmente, esse assunto perpassa todos os tipos de preocupação e é de enorme complexidade. Nós não podemos deixar de falar sobre ele no ambiente acadêmico.

O professor destacou a universalização do problema. Segundo seus estudos, nenhuma cultura ou civilização é isenta do mal da violência.

Para evitá-la da melhor maneira, é preciso conhecer sua dinâmica e suas razões. Como principal resultado da falta de prevenção e consequente brutalidade domiciliar está o transtorno de estresse pós-traumático, o TEPT, doença que atinge de 25 a 35 por cento das crianças no mundo.

- Quando sofrem deste mal, elas evitam atividades ou situações que tragam lembranças do trauma. Isto provoca problemas de memória, concentração, irritabilidade e hipervigilância – explica.

De acordo com Dennis Hunt , a prevenção da violência é vista como um desafio devido a vários fatores, como a falta de conscientização pública, o envolvimento de causas complexas, a falta de estratégias preventivas compreensíveis, entre outros.

Professor da University of Maryland e da University College Ásia, Hunt estuda a causa da violência em todas as suas manifestações. Ele já veio ao Brasil outras vezes e conhece este problema no contexto brasileiro. Para ele, por aqui já se evoluiu muito nessa área.

- Há sete anos, quando estive no país pela última vez, não ouvi falar sobre isso. Agora, já vejo uma discussão maior na mídia, o que ajuda a reverter a situação.