Durante cinco meses, cerca de 30 alunos do Departamento de Comunicação tiveram a oportunidade de conhecer os bastidores e os desafios do mercado de trabalho. No curso de telejornalismo do Globo Universidade, em parceria com a PUC-Rio, os estudantes acompanharam 22 aulas com profissionais da emissora, que contaram suas experiências e orientaram os futuros jornalistas. A série de palestras foi encerrada com a exibição de reportagens para televisão produzidas pelos alunos com o tema ''Ciência e Tecnologia na PUC-Rio''.
Editor-coordenador de telejornais regionais da TV Globo, o jornalista Marcelo Moreira comentou cada uma das nove matérias feitas pelos estudantes. Garantiu que o resultado “não ficou muito distante” daquilo que é exigido no mercado:
– Na televisão, falamos para todos. O importante é que a mensagem seja passada de maneira clara e didática. As reportagens precisam ser acessíveis. No geral, os temas das reportagens foram bem escolhidos, os alunos se empenharam e não ficou muito longe do mercado profissional.
Moreira também destacou a relevância de iniciativas do gênero, que aproximam a universidade do mercado. Participaram do curso profissionais como os apresentadores William Bonner e Márcio Gomes, os repórteres Marcos Uchôa e Sandra Moreyra e o diretor de jornalismo Ali Kamel. O intercâmbio com os alunos, ressaltou Moreira, revela-se uma experiência importante:
– Foi muito bacana tanto para os alunos quanto para nós [profissionais]. Tivermos a chance de passar um pouco do trabalho que fazemos na TV Globo e, como retorno, conhecer o grau de interesse e o perfil dos estudantes. Assim, podemos entender que tipo de profissional está surgindo.
O professor Miguel Pereira acompanhou os alunos durante todo o ciclo de palestras e avaliou o aspecto acadêmico dos trabalhos. Segundo ele, um dos objetivos do curso era proporcionar uma experiência que “a turma não esquecesse”:
– Foi um desafio muito grande fazer matérias interessantes, universais e que o público em geral gostasse. É complexo transformar o tema em pauta. A nota nem importa muito, e sim a importância da experiência. Os alunos que participaram vão levar este aprendizado para o resto da vida.
A avaliação da parte técnica das reportagens produzidas pelos alunos ficou a cargo da professora Carmen Petit. Embora tenha apontado problemas, ela lembrou que o melhor rendimento exige treino:
– Houve falhas técnicas, que são normais. Ninguém aqui sai todo dia para fazer imagens. Os alunos só vão aprender mesmo com o tempo. É preciso aproveitar o espaço de produção que a universidade oferece. No mercado de trabalho, o erro tem conseqüências bem mais sérias, então ninguém deve se acomodar.
O então diretor do Departamento de Comunicação da PUC-Rio, Cesar Romero Jacob, prestigiou o encerramento do curso. Cesar explicou por que a área de jornalismo científico foi escolhida como tema para o trabalho final:
– Escolhemos para criar uma dificuldade adicional: ainda é um assunto relativamente pouco explorado pelo jornalismo. Esta área tende a se abrir cada vez mais, e os alunos podem se interessar por ela.
Aluno do sétimo período de Comunicação, Felipe Machado acompanhou o curso desde o início. Para ele, a maior vantagem da parceria entre a PUC-Rio e a emissora remete à aproximação que os alunos tiveram com nomes consagrados no mercado:
– Foi uma experiência boa e diferente. Não é comum ter contato com tantos profissionais. Aprendi como lição a importância de ser detalhista e exigente com a qualidade do conteúdo produzido.
Para o estudante Caio Barreto, do oitavo período de Comunicação, o trabalho final do curso vai ficar marcado pelo desafio aos alunos:
– Faço uma avaliação positiva do curso. No trabalho final, o mais complicado foi traduzir a linguagem acadêmica para que todos entendessem.
Portal PUC-Rio Digital foi o primeiro veículo universitário de convergência de mídia do país
Portal se integra ao Comunicar e reforça comunicação da PUC-Rio
Retratos do Portal: bastidores da redação do 5º andar do Kennedy
"O repórter deve ir em busca da audiência”