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Rio de Janeiro, 8 de novembro de 2024


Opinião do Professor

Monitoramento digital se propaga nessa corrida pelo voto

Arthur Ituassu* - aplicativo - Do Portal

24/09/2014

 Davi Raposo
Em parceria com a Google, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) lançou o site "Eleição Transparente".  A ideia é monitorar os casos de censura judicial a conteúdo publicado em portais, blogs, redes sociais e publicações online durante o período de eleições, quando candidatos tentam evitar a divulgação de informações que consideram negativas a suas candidaturas.
O site é, na verdade, um grande banco de dados, por meio do qual o cidadão pode acompanhar os casos, que são atualizados com as informações recebidas das empresas de comunicação digital que são intimadas pela Justiça Eleitoral por motivo de informação publicada. Os processos podem ser filtrados por unidades federativas, candidatos, cargos, partidos e empresas que são alvo das ações.
A iniciativa se junta a muitas outras nessas eleições, como o blog Preto no Branco, o Truco, da Agência Pública de Reportagem e Jornalismo Investigativo, e o Voto x Veto, que permite ao usuário avaliar cegamente as propostas dos candidatos a governador e presidente, isto é, sem saber de quem são as propostas, a fim de ajudar o eleitor a reconhecer quem é realmente o candidato que representa suas posições.
A internet já foi bastante presente nas eleições presidenciais de 2010. Naquela ocasião, houve debates, mecanismos de participação, uso intensivo de redes sociais pelos candidatos etc. Estas eleições de 2014, no entanto, parecem se destacar pelas iniciativas digitais da sociedade civil, com a intenção de contribuir para o aprimoramento do ambiente democrático-eleitoral.
* Doutor em Relações Internacionais, pelo IRI, da PUC-Rio, e criador do recém-lançado www.oquefezseudeputado.com.br, do Grupo de Pesquisa em Comunicação, Internet e Política (COMP), vinculado ao Centro de Estudos Avançados em Democracia Digital (CEADD)