Gabriel Camargo - Do Portal
26/06/2014Na tarde do dia 14, a torcida colombiana invadiu Belo Horizonte e fez com que os jogadores da seleção se sentissem em Bogotá ou Barranquilla na partida contra a Grécia. Já na terça-feira (17), o Mineirão recebeu sua segunda partida de Copa do Mundo entre Bélgica e Argélia e, apesar de uma partida longe de ser brilhante, a atmosfera no estádio foi muito atrativa.
Os torcedores dos dois países mostraram animação no entorno do estádio, cantando músicas brasileiras, soltando gritos de incentivo e dançando ao som de músicas típicas. Com muitas placas de sinalização, o acesso ao Mineirão não era muito difícil e os torcedores dos dois países conviviam em harmonia. O lado ruim foi a ação de cambistas, que ofereciam ingressos por três vezes mais do que o valor original.
Sem filas na entrada e com muitos voluntários oferecendo ajuda, apenas na hora da revista da polícia houve uma aglomeração maior na porta do Mineirão. Dentro do estádio, enquanto os belgas estavam em "blocos" separados nas arquibancadas, os argelinos se concentraram atrás de um dos gols e fizeram uma bonita festa, fazendo muito barulho e conquistando o apoio dos torcedores brasileiros ao redor. Um, mais empolgado, tentava reger os brasileiros e, ao mesmo tempo, distribuía máscaras e bandanas da Argélia.
Quando saiu o gol argelino, marcado por Feghouli, de pênalti, os torcedores africanos tornaram o grito de guerra ensurdecedor "1,2, 3, viva L'Algerie" (1, 2, 3, viva Argélia). Ao ouvir o barulho dos argelinos, João Pedro, 5 anos, assustado, começou a chorar, enquanto a mãe Cláudia tentava acalmá-lo explicando que os torcedores estavam felizes e comemorando. No intervalo, um pequeno desentendimento entre brasileiros e um torcedor belga que fumava nas arquibancadas chamou a atenção, mas os seguranças chegaram rapidamente.
O apoio dos brasileiros ficava claro quando a Bélgica tentava atacar e era vaiada pela maioria, mas, superior tecnicamente, a Bélgica acabou vencendo a partida por 2 a 1. O mesmo torcedor argelino, antes empolgado, se lamentava e apagava a bandeira de seu país pintada no rosto. Porém, mesmo com a derrota, ao saírem do estádio, os torcedores africanos voltaram a mostrar a empolgação de antes e cantavam e se abraçavam ao lado dos rivais.
Tropeiro no salgado menu e colecionadores de copos
Durante a Copa das Confederações, os torcedores brasileiros reclamaram do alto preço das comidas e bebidas oferecidas dentro dos estádios, agora, na Copa do Mundo, o valor é ainda maior. Os refrigerantes (600 ml), que antes custavam R$ 6, estão dois reais mais caros, assim como os cachorro-quente, que agora custa R$ 10. Os itens mais baratos eram as batatas fritas, amendoins e chocolates, vendidos por R$ 8.
Além do aumento do preço nos bares, em alguns estádios, a Fifa liberou a venda de produtos comuns em determinadas regiões. No Rio, por exemplo, o biscoito Globo é vendido por R$ 5. No Mineirão, o tradicional feijão tropeiro custa R$ 15, mas, principalmente pelo horário da partida (13h), fez muito sucesso entre os torcedores.
Uma garrafa de 500 ml de água continuou com o mesmo preço, R$ 6, porém, as cervejas nacionais e internacionais, liberadas dentro dos estádios apenas durante o Mundial, custam um real a mais do que na Copa das Confederações. Os preços variam entre R$ 10 (nacionais) e R$ 13 (internacionais), mas parecia não fazer diferença para os torcedores no Mineirão, que empilhavam um copo sobre o outro e levavam para casa como uma recordação da Copa.
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