Eduardo Miranda, Erika Azevedo, Flávia Lins e Flávia Tabora - Da sala de aula
Foi a comida que mudou os rumos da humanidade: da religião à ciência, da maçã proibida de Eva à maçã iluminada que fez Newton pensar as leis da gravidade, a comida, a princípio, deveria estar presente no cotidiano de todos nós. A princípio, porque há os que não têm o que comer – no Brasil são 72 milhões que vivem atormentados pela situação de fome, segundo dados do IBGE – e, por outro lado, há os que voluntariamente optam por não ingerir tudo o que é orgânico, preferindo alimentar-se da luz solar e, de quebra, suscitando polêmicos debates entre médicos e cientistas, como o leitor poderá ler na Eclética.
Nesta edição, o cardápio é bastante variado e para todos os gostos: do profano ao sagrado, pegamos carona nos alimentos que instigam a libido ora pelo sabor ora pelo formato ao passo que, na outra ponta da mesa de jantar, no campo religioso, a comida é concebida menos como matéria e mais como alimento para o espírito (leia-se sublimação material como uma série de jejuns e proibições de determinadas comidas em algumas celebrações).
O trabalho dos repórteres procurou também identificar hábitos alimentares cuja existência já foi assimilada pelo paladar da maioria e também as novas tendências que o garfo leva às nossas bocas. Se, por um lado, a vida apressada nos grandes centros urbanos pede uma comida igualmente mais rápida, os quase sempre nocivos fast foods, no contra-ataque temos os ativistas do slow food, o movimento surgido em Roma que propõe o resgate das tradições econômicas de cada região e valoriza a parada diária para saborear as refeições com mais calma.
Temos num prato reportagens que ilustram as relações entre a comida e o poder dos estadistas e, na borda deste mesmo prato, comidas menos poderosas, mas nem por isso, menos apreciadas pelo público massivo, como o fenômeno das pizzarias delivery ou os chamados “podrões”, comidas baratas e populares encontradas nas esquinas da cidade. Como não podia deixar de ser, o leitor vai ter o prazer de digerir uma saborosa leitura sobre a nossa comida brasileira.
E fechando a tampa da panela, uma matéria imperdível sobre um ato cotidiano que virou tabu: o “descomer”. Sim, é isso mesmo que você está pensando, mas só devorando a revista para saber de tudo isso.
Nós, editores, repórteres, diagramadores e todos que participaram da criação e produção desse número 22 da Eclética só temos mais uma coisa a desejar a vocês quando começarem a ler a revista: bom apetite!
- Da sala de aula
1 - os sentidos da comida.pdf2 - a comida e o sagrado.pdf
- Da sala de aula
3 - o banquete dos santos.pdf- Da sala de aula
4 - o poder da comida afrodisíaca.pdf- Da sala de aula
5 - as ligações íntimas entre a comida e a sexualidade.pdf- Da sala de aula
6 - a cada esquina um cardápio.pdf- Da sala de aula
7 - rodízio febre nacional.pdf- Da sala de aula
8 - teste pizza delivery.pdf- Da sala de aula
9 - mamãe eu quero.pdf- Da sala de aula
10 - fast foods oferecem opções mais saudáveis.pdf- Da sala de aula
11 - o tempo de comer.pdf- Da sala de aula
12 - prevenir também é remediar.pdf- Da sala de aula
13 - alimentação como estlio de vida.pdf- Da sala de aula
14 - vítimas precoces do colesterol.pdf- Da sala de aula
15 - estômago iluminado.pdf- Da sala de aula
16 - o brasil está com fome.pdf- Da sala de aula
17 - você tem fome de que.pdf- Da sala de aula
18 - anorexia fome e beleza corporal.pdf- Da sala de aula
19 - vossa excelência o jantar está servido.pdf- Da sala de aula
20 - comer com grife.pdf- Da sala de aula
21 - space food à brasileira.pdf- Da sala de aula
22 - gostinho de brasil.pdf- Da sala de aula
23 - toque de crítico.pdf- Da sala de aula
24 - luz, fome, ação.pdf- Da sala de aula
25 - ritos e mitos do descomer.pdf