Projeto Comunicar
PUC-Rio

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Rio de Janeiro, 18 de abril de 2024


Campus

Boas-vindas aos calouros

Gabriela Ferreira e Glaucia Marinho - Do Portal

29/02/2008

Thiago Castanho

O decano do Centro de Ciências Sociais, Luiz Roberto Cunha, a vice-decana de graduação, Daniela Vargas, e os representantes do DCE receberam os calouros no ginásio da PUC–Rio para uma palestra sobre um pouco da história e da missão da universidade. A recepção dos calouros fez lotar as cadeiras e arquibancada do ginásio da PUC-Rio.

 Os calouros do CCS aprenderam um pouco da história da universidade, sua missão atual e as oportunidades aqui oferecidas. Cunha (foto) mostrou um vídeo institucional preparado pelo departamento de Comunicação Social que conta um pouco da história da universidade, que começou suas atividades em 1941, e conquistou seu espaço na Gávea nos anos 1950. Além disso, explicou aos alunos que a universidade é aberta a idéias e sugestões, por estar sempre no caminho da inovação.

– A PUC é exemplo de excelência na pesquisa e formação de profissionais devidamente qualificados para o mercado. A nossa universidade tem compromisso com a excelência, disse o decano.

Cunha explicou a importância da integração entre os saberes, com os núcleos interdisciplinares existentes, como o Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente (Nima) e o Núcleo Interdisciplinar de Reflexão e Memória Afrodescendente (Nirema). A vice-decana Daniela Vargas apresentou o PUC Online aos alunos e falou também sobre as oportunidades que os estudantes de Comunicação têm na universidade, os estágios dentro do departamento, no Projeto Comunicar, no Portal PUC-Rio Digital, no Instituto gênesis e na Empresa Junior. Além disso, Daniela incentivou o transporte coletivo ou a carona entre os alunos.

– Meu pedido é que vocês não venham sozinhos em seus carros para a PUC, pois há obras no estacionamento e ele não está operando em sua capacidade máxima. Usem o transporte coletivo ou venham de carona – pediu a decana.

Em seguida, o presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Marcelo Queiroz, e o diretor executivo, Eduardo Shalders Lemos, apresentaram a chapa Idéias, líder atual do DCE, através de um vídeo e contaram sobre seus novos projetos.

– Nós temos muito a realizar. Um jornal nosso sai na próxima semana, o ‘Continua Espalhafato’, para o qual os estudantes podem escrever pelo site www.dcepuc-rio.com. Além disso, vamos fazer um concurso de redação cujo prêmio é uma viagem à Itália – disse Eduardo. Depois da palestra, os calouros acompanharam os professores presentes para uma recepção em seus respectivos departamentos.

O melhor começa agora

A Terra demora aproximadamente 365,25 dias solares, um ano para dar uma volta completa ao redor do Sol. O calendário comum por convenção tem 365 dias. Portanto, sobram aproximadamente seis horas a cada ano. As horas excedentes são somadas e, a cada quatro anos, adiciona-se um dia. Este dia extra é incluído no mês de fevereiro, que a cada quatro anos tem 29 dias. 2008 é um desses anos. Em 2008, faz 40 anos, dos protestos de 1968; 50 anos do lançamento da Bossa Nossa;120 da abolição dos escravos. Para os novos alunos, será o ano de PUC-Rio.

O primeiro dia na universidade é diferente de todos os outros que virão a seguir: é um dia sem aulas. Para recebê-los, a universidade programa um dia que começa com uma missa, seguida de coquetel no Salão da Pastoral. É o momento de conhecer a universidade, o curso, e fazer amigos. Alan César Silva Luiz, 20 anos, desfrutava com sua mãe o coquetel para os calouros.

Por que economia? César teve dificuldade de responder. De camisa pólo, calça cargo e tênis, Alan tentava responder aquelas perguntas que não pareciam fazer sentido naquele momento. A PUC-Rio oferece o melhor curso de economia da América Latina, disse.

Brenda Maria Gomes de Araújo estava sentada com a mãe em frente à lanchonete Fast Way. Aos 17 anos, já tem bem claro o que pretende para o futuro, a carreira acadêmica. A escolha pelo curso de direito foi influência da irmã. A da faculdade, da mãe.

Eram quase três horas da tarde quando os calouros tomam os pilotis da ala Kennedy. Alguns conversando, rindo, outros sozinhos, muitos perdidos.

As dúvidas e incertezas são comuns nesse começo. Renata Vasconcellos, 18 anos, ficou dividida entre filosofia e comunicação. Escolheu comunicação. Não era a única ali. A capixaba Luiza Bógea, 19 anos, tinha certeza que queria desenho industrial, mas não sabia se no Rio ou em São Paulo.

- Eu quero fazer documentários etnográficos com uma linha cultural, disse Mário Franca.

Com uma bolinha amarela inseparável que subia, descia, rolava pelo seu corpo durante a entrevista, disse adorar malabarismos e cerveja. O desejo de fazer filmes etnográficos é herança familiar. Seu pai, Belizário Franca, é produtor e diretor de filmes etnográficos com recorte político.

São sinais de que a família ainda é a maior influência na escolha da profissão.

- Minha mãe é atriz, meu tio fez cinema em Cuba. O filme que mais gosto é “Diários de motocicleta”, conta Jasmim Santos Sanches, que aos 18 anos está passando por uma revolução: entrou na faculdade e trocou Campos pelo o Rio.

Os perdidos pelos pilotis perguntavam:“Onde é o RDC? Você sabe onde é a palestra de Relações Internacionais?” Entre eles, estavam os radiantes Gabriel Alves de Lima, 17 e Fernanda Freire, 19 anos, que pareciam se conhecer há anos. Fernanda passou para biblioteconomia na UFRJ, mas preferiu psicologia na PUC-Rio. Quando perguntada sobre o que espera da universidade, disse. “Vem ai o melhor da minha vida”.