O espaço do homem está em expansão, assim como a ideia de mundo também se amplia. Diante desta premissa, o professor Francisco Mendonça, da Universidade Federal do Paraná defendeu, na palestra A perspectiva socioambiental: a modernidade em questão, no Simpósio Internacional da PUC-Rio, a tese de que a ocupação humana de outros planetas é questão de tempo:
– Estamos assistindo a uma revolução dos espaços. A Lua é um espaço de habitação humana efetiva. Há uma previsão de que em 2025 o satélite receberá as primeiras colônias humanas – afirmou.
Segundo o professor, a geografia e "todo o seu conhecimento" pode auxiliar a expansão das fronteiras. “É importante discutir essa complexa realidade, saber o que será a geografia do futuro. Nosso conhecimento pode ajudar a odisseia humana que são a vida e o espaço”, disse Mendonça.
Assim como os outros participantes do I Simpósio Internacional Geografia e Meio Ambiente, o professor da Universidade do Paraná considera o ensino interdisciplinar essencial à qualidade ambiental. Na opinião dele, a articulação entre os saberes é importante para recuperar a "noção de todo":
– A interdisciplinaridade exige um objeto em comum, um problema que una as várias áreas do saber em torno de soluções.
Segundo Mendonça, a união entre saberes tem sido, no entanto, “um dos maiores desafios do meio acadêmico”. O professor destacou a necessidade de se reconhecer conhecimentos tácitos, fora da esfera acadêmica:
– É preciso valorizar os conhecimentos não-científicos. Este é mais um grande desafio. Nossos títulos de doutor não nos autorizam a dizer que somos mais inteligentes do que uma pessoa que jamais foi à academia.
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