Dois pontos em geral são ressaltados pelos visitantes da XIV Mostra PUC, que até o dia 20 de agosto ocupa o campus da universidade na Gávea: a feira é uma grande oportunidade profissional e seu diferencial é a numerosa presença e participação de empresas das mais variadas áreas. Com o tema "Baía nossa de Guanabara: desafios e possibilidades", a mostra oferece quatro mil oportunidades, divididas entre 68 empresas nacionais e multinacionais. Até o encerramento, são esperadas cerca de 100 mil pessoas. O Portal PUC-Rio Digital foi descobrir quem são e o que procuram esses visitantes.

Gabriel Borges, de 23 anos, veio de Bangu especialmente para visitar a mostra pela primeira vez. Formado em direito, o advogado disse ter ficado surpreso com a quantidade de oportunidades oferecidas na sua área.

– Quero uma chance para entrar no mercado na parte de empresas, que é uma experiência bem diferente da oferecida em estágios de escritório, que eu já fiz – afirmou.

O pós-graduado em engenharia de tubulação Marcelo de Lima, de 26 anos, veio de Volta Redonda. As quase três horas de viagem, segundo ele, valeram a pena. O engenheiro foi surpreendido pela quantidade de empresas com vagas na área petrolífera, a que procura.

Também na área de petróleo e gás, o estudante Pedro Felipe Costa, de 23 anos, busca um estágio:

– É a primeira vez que venho à Mostra PUC e, além de visitar os estandes em busca de oportunidades, procuro assistir a workshops e palestras relacionados a minha área – explicou Costa, que mora em Santa Cruz.

Muitos visitantes estão na feira pela primeira vez e descobriram a mostra por meio de cartazes ou indicação de amigos que vieram em outros anos. É o caso da estudante do 7º período de marketing Thayza Dumas, de 19 anos, que veio da Barra.

– Meus amigos disseram que encontraria muitas oportunidades e variedade de empresas, vim procurar um estágio porque trabalho em uma loja e, agora, quero trabalhar na minha área – explicou.

Mas não só de universitários é feito o público da XIV Mostra PUC. A professora do ensino fundamental Deisy Montenegro, de 25 anos, veio do Estácio com onze alunos do 9º ano. Ela acredita que feiras como essa ajudam na orientação profissional dos estudantes.

– Acho que os alunos têm que ter contato com esse universo de estágio, mercado de trabalho. Mesmo novos, estão adorando poder interagir nos estandes e querem conhecer e participar de tudo – contou.

Os vestibulandos e futuros concorrentes a vagas de estágio também estão de olho nas oportunidades. As amigas Jéssica Medeiros e Pamela de Paula, ambas de 17 anos, pretendem fazer vestibular este ano e aproveitavam para sondar o mercado.

Apesar de já ser técnico de informática, Patrick Viana, de 27 anos, também vai prestar vestibular este ano. Ele aproveitou o fato de sua esposa estudar serviço social na PUC para visitar a mostra.

– Estou procurando descobrir mais sobre a área para não fazer uma má escolha na hora de decidir minha carreira. Estou gostando do que estou vendo – disse.

Estudante de ciências contábeis, Gabriela Silva, de 18 anos, veio acompanhada pela família na busca do seu primeiro estágio. O pai, de 45 anos, trouxe a filha de Campo Grande porque Gabriela não sabia chegar à PUC. A irmã, de 6 anos, aproveitou para realizar o desejo de conhecer a universidade, onde pretende estudar quando chegar a hora.

A história de Antônio Augusto é um pouco diferente. Engenheiro eletricista formado em 1983, Augusto, de 49 anos, não exerceu a profissão para poder ajudar o pai no comércio da família. Hoje, matriculado em um curso técnico de eletricista para se reciclar, tenta voltar ao mercado de trabalho.

– Fiquei sabendo da mostra pelos cartazes e, apesar da maior parte das vagas serem para estudantes, há muitas empresas e posso ter uma chance. Pretendo me inscrever nos processos seletivos da maioria delas – garantiu.

E são justamente os processos seletivos que incomodam a gaúcha Paola Sironi, de 26 anos. No Rio de Janeiro pela primeira vez, Paola – formada em biologia – tenta conseguir um emprego na área.

– No Rio tem mais oportunidades porque as indústrias estão concentradas no Sudeste, mas os processos seletivos cansam – reclamou.

 Com a intenção de se mudar de vez para a cidade no fim do ano, Paola chegou à PUC por meio dos cartazes de divulgação da feira e já assistiu a seis palestras de expositores.

– O mais interessante disso tudo foi poder ter um contato mais próximo com as empresas e conhecer as que eu não conhecia antes – explicou.

Exemplo do sucesso da feira, Filipe Resende Dias, de 24 anos e estudante de publicidade, ganhou um estágio de verão em uma grande empresa de telecomunicações durante sorteio realizado em uma palestra da Mostra PUC do ano passado. Este ano, voltou para buscar uma nova oportunidade. 

– Já estou completando um ano de um estágio que era pra ser temporário. Agora, volto à mostra à procura de uma vaga de trainee. Quero continuar crescendo profissionalmente – concluiu.