De hoje à próxima sexta-feira, a XIV Mostra PUC transformará os pilotis, símbolo carioca da rotina universitária, numa copa do mundo de oportunidades para jovens. Das 10h às 20h, 65 empresas informarão aos estudantes sobre vagas de emprego, estágio e trainee, e receberão currículos. Segundo o coordenador geral da Mostra, Luiz César Tardin, a iniciativa volta-se não só aos ganhos profissionais. Inclui, por exemplo, uma ampla programação cultural e debates ambientais. O tema deste ano, "Baia Nossa de Guanabara: Desafios e Possibilidades”, é um convite à mobilização da sociedade carioca em torno de soluções para a baía e seus ecossistemas.

A XIV Mostra PUC foi aberta às 10h desta terça-feira, pela  Banda da Guarda Municipal. A organização estima que a feira atraia 100 mil visitantes até sexta. Encontrarão, além de oportunidades de empregos e estágios oferecidas nos estandes, seminários acadêmicos sobre assuntos variados  – de ecologia a saúde e bem-estar; oficinas sobre o mercado profissional, promovidas pelas empresas participantes; e uma série de atividades culturais, como oficinas de artesanato, encenações, apresentações musicais, no Anfiteatro Junito Brandão, e exibição dos filmes selecionados para a VII Mostra Curtas. Nos pilotis decorados por exposições, também serão oferecidos serviços médicos e jurídicos. A programação completa e a relação de empresas pode ser consultada no periódico PUC Urgente ou na internet: www.ccesp.puc-rio.br/mostrapuc/.

O tema da feira será abordado em quatro seminários, no auditório B8. Nesta terça-feira, ao meio-dia, os professores Fernando Walcacer e Felipe Guanaes, coordenadores do NIMA, discutirão os “Desafios urbanísticos e ambientais da bacia da Baía de Guanabara”. Às 14h, a palestra “Baía Nossa de Guanabara: desafios e possibilidades”, reunirá o próprio Luiz César Tardin, Carlos Raimundo, coordenador do Centro de Prática Jurídica, e Cardoso e Dante Luvisotto, diretor executivo de Águas de Niterói.

Na quinta, às 11h, questões técnicas da Baía, serão debatidas por Fátima Soares, gerente de avaliação de qualidade das águas do Instituto Estadual das Águas, Carlos Viveiros, diretor do Instituto Baía de Guanabara, e pela professora Ângela  de Lucca, do Departamento de Química. Na sexta, às 11h, coordenarão a palestra “O que a baía tem? Poluição x Saúde” os professores Hilton Augusto, decano de ciências biológicas da PUC-Rio, Angela de Lucca, Isabel Maria Moreira, também do Departamento de Química, e Axel Grael, coordenador do Projeto Grael. O tema estará representado também na entrega do 2º Concurso de Artes Visuais Minha Alma Pinta, no pórtico de entrada da universidade.

De acordo com Tardin, a ideia não é "falar só da despoluição", mas educar a população para lidar com as águas e com os ecossistemas marinhos e fluviais contemplados pela Baía:

 – Uma das novidades deste ano é fazer com que a juventude universitária se intere de questões da Baía de Guanabara. Hoje, o foco é voltado para políticas públicas. É preciso mobilizar a sociedade e as autoridades para a necessidade da recuperação dessa área. Por isso, a Mostra PUC vai além da questão do mercado de trabalho – explicou o coordenador geral.

Os estudantes têm acesso a oportunidades de trabalho nos estandes das 65 organizações, em oficinas voltadas ao mercado, no RDC e no Auditório Padre Anchieta. Porfissionais de empresas como TV Globo, L'Oreal, Oi, EBX, Vale do Rio Doce e Coca Cola darão palestras entre às 10h e às 19h, durante os quatro dias da feira. Tardin destacou que a grandeza da mostra reflete a competência da universidade em organizá-la:

– A Mostra tem a proporção, o tamanho da PUC. É uma grande universidade em termos acadêmicos. Assim, revela-se uma grande instituição para a sociedade – afirma.

As oficinas e mostras culturais concentram-se no Anfiteatro Junito Brandão. A programação desta terça começa às 13h, com apresentação do grupo Afromangue. Às 15h, a ArtJor abrirá a oficina de artesanato, com jornais, revistas e gibis. Na quarta-feira, às 12h30, o anfiteatro receberá o concerto “Música e Arte Ecológica” . Às 15h, a “Oficina Artesanal do Bem” produzirá bijouterias com materiais reciclados. 

Na quinta-feira, a programação será mais extensa. Começará às 12h, com missa na Igreja do Sagrado Coração de Jesus. Às 13h, alunos de artes cênicas interpretarão a peça “Desaguado”, do próprio grupo. A oficina “Galpão das Artes” ensinará a produzir pufes de garrafas PET, a partir das 15h; e, às 17h, a oficina “Mude o mundo, comece por você – autoconhecimento e interação com o meio ambiente”, inspirada no método DeRose, contará com a palestra da professora Vanessa de Holanda. A sexta-feira trará, às 12h30, a apresentação da orquestra Cordas da Grota e, às 15h, a “Oficina Pescarte”, que construirá mosaicos com materiais retirados do mangue.

As atividades culturais seguirão com a exibição dos filmes da VII Mostra Curtas da PUC, no auditório K-102. As palestras começarão às 14h e as exibições dos curtas selecionados, às 15h.  Às 17h, o público conhecerá os premiados. Cada dia de exibição será dedicado a uma modalidade: curtas de animação nesta terça; esportes radicais, na quarta; documentários, na quinta; e ficcção, na sexta.

Como está prevista a circulação de 3 mil veículos nos quatro dias da Mostra e o número de vagas é limitado, a administração do estacionamento rotativo pede aos visitantes que não venham de automóvel neste período.